O pedido de homologação foi apresentado pelas autoridades italianas porque o Brasil não autoriza a extradição de seus cidadãos para o cumprimento de sentenças em outros países.
Por Redação, com ANSA - de Brasília
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil decide nesta quarta-feira, em sessão que foi transmitida ao vivo, se vai homologar a condenação do ex-jogador Robinho na Itália a nove anos de prisão por estupro coletivo praticado em uma boate de Milão em 2013.
O pedido de homologação foi apresentado pelas autoridades italianas porque o Brasil não autoriza a extradição de seus cidadãos para o cumprimento de sentenças em outros países.
O julgamento foi feito pela Corte Especial do STJ, formada pelos 15 ministros mais antigos, e começou às 14h, o relator do caso, ministro Francisco Falcão, já se manifestou pelo cumprimento da pena no Brasil.
Enquanto isso, Robinho divulgou nas redes sociais na terça-feira um vídeo no qual mostra fotos de conversas com a vítima, que, segundo ele, comprovam que a relação foi consensual.
– Como pode uma garota estar totalmente inconsciente e minutos antes ela estar dizendo que só se aproximaria quando minha esposa não estivesse no local? – disse o ex-atleta.
'Leis não são respeitadas', diz Juan Jesus após sofrer racismo
Após ser alvo de um insulto racista durante uma partida pela Série A da Itália, o brasileiro Juan Jesus, do Napoli, lamentou que as leis não são respeitadas.
Em um vídeo publicado pelo atual detentor do Scudetto, onde o atleta aparece conversando com o atacante Mohamed Seick Mane, da equipe sub-15 do Napoli, o defensor afirmou que o racismo "é uma situação que vivemos há muito tempo".
– Tem gente que diz que estamos melhorando, mas infelizmente tem algumas leis que não são respeitadas. É triste porque somos todos iguais, acredito que fomos feitos por Deus e todos temos a mesma tarefa, que é viver nesta terra, não há diferenças – analisou Juan Jesus.
O camisa número 5 dos azzurri, que já atuou por Internazionale e Roma ao longo de sua carreira, destacou que, apesar das campanhas organizadas pelas entidades esportivas, os estádios de futebol ainda sofrem com o racismo.
– Precisamos crescer como seres humanos. Acho que tem muita gente que não tem consciência que isso é algo que pode machucar. Somos seres humanos, temos corações, almas, cérebros e espero que leis mais firmes sejam elaboradas para impedir isso – comentou.
O brasileiro acrescentou que as pessoas que cometem racismo possuem "cérebro pequeno" e destacou que as vítimas precisam ser fortes.
– Eu digo aos jovens para serem fortes, infelizmente sempre acontecem atos de racismo. As pessoas não podem dizer o que querem – finalizou.
O zagueiro Francesco Acerbi, da Internazionale, foi quem proferiu o xingamento racista ao rival napolitano e pode pegar um gancho de 10 jogos pelo ato, que é investigado pela Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc).
O experiente jogador foi apoiado pela Curva Nord, principal torcida organizada dos nerazzurri, que duvidou das acusações de Juan Jesus. O grupo afirmou que só mudaria de opinião caso surgissem provas definitivas.