Contarato fez uma representação criminal junto à Polícia Federal e à Polícia Legislativa do Senado, nesta terça-feira, mas não solicitou proteção especial. Ele também ingressou com uma ação na Justiça sob a acusação de injúria e difamação.
Por Redação - de Brasília
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) denunciou que, na semana passada, foi alvo de uma mensagem de áudio via WhatsApp com ameaças de morte. O interlocutor, segundo descreveu, identificou-se e disse que ele será abatido “no facão”.
Contarato fez uma representação criminal junto à Polícia Federal e à Polícia Legislativa do Senado, nesta terça-feira, mas não solicitou proteção especial. Ele também ingressou com uma ação na Justiça sob a acusação de injúria e difamação.
Lula
O ataque ocorreu, segundo o senador de primeiro mandato, após ele ter confrontado o ministro Sergio Moro (Justiça) em audiência no Senado, no último dia 19. No Senado, Contarato perguntou a Moro se, na condição de juiz responsável pela operação, ele havia ferido o princípio da imparcialidade ao manter conversas com Deltan.
— Ele me lançou contra a população como se eu tivesse falado que era contra a Lava Jato. Ele distorceu [o que disse] e me colocou nessa situação em que estou hoje. E estou sofrendo muito. Recebo mensagens a todo momento com ofensas, falando que estou sendo contra o Moro, a favor da corrupção, a favor do Lula. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Absolutamente — disse Contarato, a jornalistas.
Lava Jato
O senador defende o que chama de “despersonificação” da operação.
— Nós temos que tornar a Lava Jato impessoal. Ela não pertence a A, nem a B e nem a C. Ela foi uma conquista da população brasileira. Ser contra a posição do ex-juiz Sergio Moro não é ser contra a Lava Jato. Muito pelo contrário. Eu morro defendendo a Lava Jato — afirmou.
Professor de direito, advogado e delegado por 27 anos, Contarato disse defender a operação porque, “pela primeira vez no Brasil, políticos que mais ocasionam prejuízo à população brasileira passaram a ser presos”, concluiu.