Os 16 oficiais-generais do grupo mais influente das Forças Armadas indicaram que a caserna vai seguir o rito de reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Quem ganhar leva”, enfatizaram os militares. A frase começou a ser disseminada na tropa logo depois do encontro, realizado ao longo da primeira semana de agosto.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
Estagnado nas últimas pesquisas de opinião a uma distância proibitiva do primeiro colocado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro (PL) — que chegou a ameaçar o país com um golpe de Estado, caso venha a perder as eleições — deixou de ter, nesta sexta-feira, qualquer resquício de apoio institucional das Forças Armadas. Em reunião, nesta manhã, no Quartel-General, o Alto-Comando do Exército selou posição de respaldar o resultado das eleições presidenciais.
Os 16 oficiais-generais do grupo mais influente das Forças Armadas indicaram que a caserna vai seguir o rito de reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Quem ganhar leva”, enfatizaram os militares. A frase começou a ser disseminada na tropa logo depois do encontro, realizado ao longo da primeira semana de agosto.
Distanciamento
A Reunião do Alto-Comando do Exército (RACE) terminou oficialmente, nesta manhã, após a qual, como de praxe, foi emitido um comunicado no qual informava apenas que foram discutidos assuntos “de interesse da Força”. Mas o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP) apurou que, “ao passo que a posição dos generais se espalhava pelos quartéis do país, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica começaram a evitar exposição política e a dar sinais de distanciamento da inédita auditoria das eleições”.
Sem o apoio dos militares, a auditoria a pedido de Bolsonaro, portanto, fica praticamente inviabilizada.