Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Rússia prende suspeita de participar de ataque a blogueiro

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Segunda, 03 de Abril de 2023 às 08:23, por: CdB

Segundo a mídia estatal russa, Trepova entregou uma estatueta com os explosivos para os apresentadores de um debate. O governo ainda acusou a Ucrânia e a fundação contra a corrupção do opositor Alexey Navalny de estarem por trás do ataque.


Por Redação, com ANSA - de Moscou


Os serviços de segurança da Rússia prenderam nesta segunda-feira a ativista antiguerra Darya Trepova, acusada por Moscou de entregar um presente com uma bomba durante um evento em um bar de São Petersburgo no domingo.




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Blogueiro foi morto em uma explosão que também deixou outras 32 pessoas feridas

No ataque, o blogueiro pró-Vladimir Putin Maksim Fomin, conhecido profissionalmente como Vladlen Tatarsky, 40 anos, morreu e outras 10 pessoas ficaram feridas com gravidade.


Segundo a mídia estatal russa, Trepova entregou uma estatueta com os explosivos para os apresentadores de um debate. O governo ainda acusou a Ucrânia e a fundação contra a corrupção do opositor Alexey Navalny de estarem por trás do ataque.


Nesta segunda, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ironizou as acusações do Kremlin, dizendo que "não pensa no que está acontecendo em São Petersburgo ou em Moscou porque quem tem que pensar nisso é a Rússia". "Eu só estou pensando no meu país", disse ainda conforme agência Ukrinform.



Rejeitou as acusações das autoridades russas


Já o sócio de Navalny, Ivan Zhdanov, rejeitou as acusações das autoridades russas e disse que "obviamente, a fundação não está envolvida". Segundo o russo, a impressão é que o governo Putin "quer aumentar a pena" do opositor, que está preso desde o início do ano passado, e que parece que o Kremlin "não quer só um inimigo absoluto externo, na forma da Ucrânia, mas também de um interno sob a forma da equipe de Navalny".


Também hoje, o fundador da milícia paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, confirmou que é o proprietário do bar atingido pelo ataque, em uma entrevista à agência Tass, mas não quis acusar Kiev pela ação.


– Eu cedi o bar para o movimento patriótico Cyber Front Z e ali eles fizeram vários seminários. Muito provavelmente, essa tragédia aconteceu em um seminário. Todavia, eu não vou acusar o regime de Kiev por essas ações. Acredito que esteja em atuação um grupo de radicais que dificilmente teria ligações com o governo ucraniano, digamos assim –  acrescentou.



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