No período compreendido entre 2007 e 2009, as milícias tinham uma ocupação equilibrada entre "asfalto" e "favelas" da Região Metropolitana do Rio, ocupavam 45,99 km² em sub-bairros e 51,81 Km² em favelas ou conjuntos habitacionais.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
Além de mostrar o crescimento da atuação de milicianos em todo o estado do Rio de Janeiro, o relatório Mapa dos Grupos Armados, lançado na última terça-feira em parceria do Instituto Fogo Cruzado com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF), mostra que a milícia ampliou seu poder no "asfalto". No período compreendido entre 2007 e 2009, as milícias tinham uma ocupação equilibrada entre "asfalto" e "favelas" da Região Metropolitana do Rio, ocupavam 45,99 km² em sub-bairros e 51,81 Km² em favelas ou conjuntos habitacionais. Ao longo dos anos, esse padrão de ocupação mudou, tendendo à concentração especialmente em áreas de "asfalto", os chamados sub-bairros: em 2021, 211,88 Km² das áreas de milícia eram em áreas de asfalto (82,7%) e 44,4 Km² em favelas e conjuntos (17,3%). A concentração espacial das milícias em áreas de "asfalto" é ainda maior em municípios da Baixada Fluminense e no Leste Metropolitano, onde no último triênio (2019-2021), respectivamente, 87,3% e 93,3% das áreas dominadas pelas milícias eram em sub-bairros e não em favelas ou conjuntos habitacionais.