Segundo Pedro Oliveira, tesoureiro da instituição financeira, o novo corte na taxa Selic deverá ocorrer pela melhora significativa dos índices de inflação, desde a última reunião do Copom, em 1º de agosto. Apesar do índice amplo da inflação, IPCA, ter subido de 3,16% para 4,61% no acumulado de 12 meses, a média trimestral dos núcleos recuou de 5,55% para 4,80% e a inflação de serviços de 6,22% para 5,43%, o que, para o Banco Central (BC), seria o mais relevante.
Por Redação, com ACS - de São Paulo
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne nesta terça-feira, para decidir sobre a taxa Selic. De acordo com o relatório do Paraná Banco Investimentos, divulgado nesta segunda-feira, a taxa terá mais uma redução de 0,50 p.p passando para 12,75%
Segundo Pedro Oliveira, tesoureiro da instituição financeira, o novo corte na taxa Selic deverá ocorrer pela melhora significativa dos índices de inflação, desde a última reunião do Copom, em 1º de agosto. Apesar do índice amplo da inflação, IPCA, ter subido de 3,16% para 4,61% no acumulado de 12 meses, a média trimestral dos núcleos recuou de 5,55% para 4,80% e a inflação de serviços de 6,22% para 5,43%, o que, para o Banco Central (BC), seria o mais relevante.
“O cenário base do Copom é um ritmo de corte em 0,50 p.p. a cada reunião; porém, é possível que o colegiado aumente o ritmo para 0,75 p.p. nas próximas reuniões de novembro e dezembro. A resiliência da inflação de serviços e a persistência inflacionária global eram os dois pontos de risco para o Banco Central seguir conservador nos próximos cortes, e ambos estão arrefecendo”, afirma o relatório.
Combustíveis
Vale lembrar também que cada vez mais o ano de 2025 entra no foco de horizonte relevante do Banco Central, que são 18 meses à frente, e a inflação projetada para 2025 se manteve ancorada em 3,50% no Boletim Focus desde a última reunião.
Sobre o IPCA, que voltou a acelerar desde junho, Oliveira explica que deve fechar o ano próximo a 5,0%, influenciado principalmente pelos preços dos combustíveis e energia elétrica, que tiveram forte alta em agosto. Esses dois índices afetam toda a cadeia produtiva e oferecem uma difusão maior na inflação corrente, como aconteceu em agosto, quando o índice de difusão subiu de 46% para 53%.
Investidores
Em relação ao câmbio, o dólar deve terminar o ano de 2023 em torno dos R$ 5, prevê o banco. “A nossa moeda deve se desvalorizar mais um pouco até final do ano pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA, que deve ficar cada vez menor”, acrescenta.
Para os investidores, a renda fixa ainda é a melhor opção, sendo que os papéis pré-fixados são os mais recomendados quando temos um ciclo de queda nos juros. Quanto aos investimentos de longo prazo, “os títulos indexados à inflação são uma opção interessante para garantir um ganho real e estão com preços interessantes”, conclui Oliveira.