Os policiais também cumpriram medidas judiciais que determina a lacração e a suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões.
Por Redação, com ABr – de Brasília
A Operação Cafua investiga uma organização criminosa, com atuação em Minas Gerais, pela prática de crimes de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Os mandados judiciais de busca e apreensão estão sendo cumpridos, nos municípios mineiros de Pará de Minas, Lagoa Santa e São José da Lapa, pela a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO/MG), na manhã desta terça-feira.
Os policiais também cumpriram medidas judiciais que determina a lacração e a suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e a indisponibilidade de bens de 31 pessoas físicas e jurídicas no montante de R$ 260 milhões.
De acordo com a Polícia Federal, a ação de hoje é um desdobramento da Operação Caixa Forte, deflagrada em 2019, que investigou o tráfico de drogas na região metropolitana de Belo Horizonte.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado é uma força-tarefa coordenada pela Polícia Federal e composta pela Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal com o objetivo de realizar uma atuação conjunta e integrada no enfrentamento ao crime organizado e violento.
Operação Comércio Oculto
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Comércio Oculto com o objetivo de investigar empresa sediada em Lages/SC que teria se aliado a organização criminosa para operar ilicitamente com instituições financeiras e agentes no mercado de capitais, sem autorização ou registro no Banco Central e na Comissão de Valores Mobiliários. A ação é um desmembramento da Operação Ouranós deflagrada pela PF em novembro de 2023.
Na ação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal, em endereços residencial e comercial do investigado, na cidade de Lages.
De acordo com apurações da PF, há indícios de que empresas investigadas na operação Ouranós tenham contratado um agente para exercer a função de corretor de valores, na captação de clientes para realizar investimentos em valores mobiliários com o pagamento de juros mensais acima do padrão de mercado. Somente em cidades da região serrana de Santa Catarina o suspeito já teria captado mais de R$ 10 milhões sem autorização legal.
Os fatos constituem, em tese, crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes contra o sistema financeiro nacional, dentre eles, fazer operar instituição financeira sem autorização, oferta irregular de valor mobiliário e exercício ilegal de assessoria de investimento.