Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

PSB cede e já admite França no Senado, para viabilizar Alckmin

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Segunda, 17 de Janeiro de 2022 às 12:46, por: CdB

Até agora, o cenário eleitoral de São Paulo é um dos principais empecilhos nas negociações entre PT e PSB, para uma aliança nacional entre as legendas. O PT ponderou que não faria sentido abrir mão da candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad, primeiro colocado nas pesquisas ao Palácio dos Bandeirantes.

Por Redação - de São Paulo
Os principais líderes do PSB de Pernambuco, principal reduto eleitoral da legenda, já admitem nos bastidores que uma das alternativas para viabilizar o acordo do partido com o PT no plano nacional seria os pessebistas aceitarem lançar o ex-governador Márcio França ao Senado, e não ao governo paulista, conforme está colocado atualmente. A argumentação segue em linha com a proposta do PT para apoiar os socialistas no Estado; além do Espírito Santo e, possivelmente, no Rio Grande do Sul.
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Márcio França poderá concorrer ao Senado, em apoio à candidatura de Haddad ao governo paulista
Até agora, o cenário eleitoral de São Paulo é um dos principais empecilhos nas negociações entre PT e PSB, para uma aliança nacional entre as legendas. O PT ponderou que não faria sentido abrir mão da candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad, primeiro colocado nas pesquisas ao Palácio dos Bandeirantes. São Paulo, no entanto, não é o único obstáculo para o entendimento. Permanecem as divergências entre as legendas em ao menos outros quatro Estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, onde o PT lançou recentemente a pré-candidatura do senador Humberto Costa (PT) ao governo do Estado, com aval o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Reeleição

Em face das divergências, a avaliação da ala pernambucana do PSB, uma das mais influentes no partido, é de que a legenda também precisará abrir mão de alguns dos Estados em nome de concretizar a aliança nacional que visa levar o ex-presidente petista ao Palácio do Planalto, para um terceiro mandato. Nesse cenário, essas lideranças pessebistas argumentam que a legenda deve priorizar, na negociação, garantir o apoio do PT nos estados atualmente governados pelo PSB. Entre eles, estão justamente Pernambuco e Espírito Santo, onde o governador Renato Casagrande tentará a reeleição. Para os socialistas pernambucanos, no entanto, Márcio França pode até se fortalecer caso Geraldo Alckmin realmente se filie à sigla para ser vice de Lula por ela. Mas isso não será suficiente para convencer o PT a desistir de Haddad. A alternativa defendida, então, seria exigir a vaga ao Senado para França, o que seria uma proposta viável para os petistas, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil.
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