O chefe do Executivo guianês afirmou já ter conversado com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para pedir providências em relação à intenção da Venezuela de incorporar parte do território de seu país.
Por Redação, com Poder360 - de Caracas
“A Força de Defesa da Guiana está em alerta total”, disse o presidente do país, Irfaan Ali, em pronunciamento
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse em pronunciamento na terça que acionará o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quarta-feira.
O chefe do Executivo guianês afirmou já ter conversado com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para pedir providências em relação à intenção da Venezuela de incorporar parte do território de seu país.
– Isso vai contra o direito internacional e constitui uma grande ameaça à paz e à segurança internacionais – acusou Ali. “A Guiana levará amanhã esta questão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que sejam tomadas medidas apropriadas por esse órgão.”
O governo guianês enxerga as ações de Maduro como uma ameaça iminente à sua integridade territorial e afirmou que sua Força de Defesa “está em alerta total”.
Também segundo o presidente da Guiana, outros parceiros internacionais, como a Caricom (bloco de cooperação econômica e política de nações caribenhas), a Commonwealth e países como o Brasil, EUA, Reino Unido e França, foram acionados.
Guiana Essequiba
Em referendo realizado no último domingo, mais de 95% dos eleitores aprovaram a criação de um Estado venezuelano chamado Guiana Essequiba no território que hoje pertence ao país vizinho.
Maduro apresentou um projeto de lei, na terça-feira, que regulamentará a criação do novo Estado. Os deputados da Casa deliberarão sobre a proposta nesta quarta.
O presidente venezuelano ainda ordenou que a PDVSA, estatal petroleira venezuelana, conceda licenças para exploração de petróleo e gás na região.
Mais tarde, Maduro publicou em seu perfil no X, o que chamou de “o novo mapa da Venezuela”, incluindo área incorporada da Guiana.