Se Bolsonaro for denunciado e posteriormente condenado pelos quatro crimes em questão, poderia enfrentar uma pena combinada que resultaria em mais de 20 anos de prisão, considerando as penalidades estipuladas pelo Código Penal:
Por Redação - de Brasília
Indiciado na Polícia Federal (PF) por suspeita de fraude em documento público, o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) passa a ser alvo de investigação também na Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes ainda mais graves, que podem se somar às possíveis penas de Bolsonaro, se condenado, a mais de 20 anos de prisão, na análise de especialistas em Direito Penal.
Se Bolsonaro for denunciado e posteriormente condenado pelos quatro crimes em questão, poderia enfrentar uma pena combinada que resultaria em mais de 20 anos de prisão, considerando as penalidades estipuladas pelo Código Penal: inserção de dados falsos em sistema público: reclusão de dois a 12 anos; além de multa; associação criminosa: reclusão de um a três anos; falsificação de documento público: reclusão de dois a seis anos, e multa; falsidade ideológica: reclusão de um a cinco anos, e multa.
Diamantes
O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, concedeu um prazo de 15 dias para que a PGR se pronuncie sobre o indiciamento na PF. Os procuradores irão analisar se existem elementos suficientes para levar o caso adiante perante a Justiça.
Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas foram indiciadas no contexto do esquema de falsificação de comprovantes de vacinação. Entre os indiciados está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, preso no ano passado também por envolvimento na tentativa de furto qualificado de jóias avaliadas em mais de R$ 15 milhões. Trata-se de um conjunto em ouro, cravado de diamantes, doado pela Arábia Saudita ao então presidente da República.