Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

PF prende suspeitos de vender 'pacotes' de imigração ilegal

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Segunda, 29 de Julho de 2024 às 13:11, por: CdB

Mais de 370 brasileiros, incluindo menores de idade, emigraram ilegalmente com o auxílio das ações dos investigados atravessando a fronteira mexicana.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira  operação policial com o objetivo de combater a promoção de migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos.

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Dinheiro e arma foram encontrados com suspeitos

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara da Justiça Federal de Governador Valadares, nesta cidade. A Justiça também determinou o bloqueio de valores na ordem aproximada de R$ 2 milhões.

Segundo as investigações, os suspeitos foram apontados como os responsáveis por promover a migração ilegal de brasileiros com a finalidade de obter vantagem econômica para os Estados Unidos da América pelo esquema conhecido como “cai-cai”, uma prática ilegal na qual famílias inteiras, as vezes constituídas ficticiamente, se entregam com o propósito de evitar ou dificultar o processo de deportação.

Apurou-se que mais de 370 brasileiros, incluindo menores de idade, emigraram ilegalmente com o auxílio das ações dos investigados atravessando a fronteira mexicana. As vítimas foram expostas aos riscos do deserto e das ações dos criminosos que os conduziram até o solo estadunidense.

Combate ao crime de integrar organização criminosa

A Polícia Federal, com a cooperação da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal, deflagrou na última sexta-feira, a Operação Red List para combater o crime de integrar organização criminosa e associação ao tráfico de drogas. Foram cumpridos 25 mandados judiciais em Rondônia.

A investigação teve início em agosto de 2023, quando a Polícia Civil compartilhou informações indicando que integrantes de uma facção criminosa estavam cadastrando pontos de venda de drogas e identificando os traficantes responsáveis na cidade de Ji-Paraná. Os cadastrados precisavam pagar uma taxa decorrente da proteção oferecida e, ou afinidade com referida organização criminosa.

De posse dessas informações e com o apoio das Polícias Civil, Militar e Penal, foi possível identificar uma lista de pessoas integrantes do grupo criminoso, constatando ainda que a maioria delas estavam presas no Presídio Agenor Martins de Carvalho, em Ji-Paraná. Outro fato notável é que os integrantes da facção buscavam a cúpula neste município e em Porto Velho/RO para resolver conflitos internos.

Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu ainda que um grupo, liderado por um preso no Presídio Agenor Martins de Carvalho, estava comprando maconha em Mato Grosso do Sul. O grupo enviou duas “mulas” para buscar a droga. A primeira “mula” foi monitorada desde Rondônia até Mato Grosso do Sul e, em dezembro de 2023, foi presa em flagrante em Campo Grande/MS, pela Polícia Militar local, com 56 tabletes de maconha, totalizando 43,6 kg. Na semana seguinte, a segunda “mula” foi presa pela Guarda Municipal em Dourados/MS, ao tentar retornar de ônibus interestadual com 28 tabletes de maconha, totalizando 24 kg, em duas malas.

Ao todo foram expedidos, pela 3ª Vara Criminal da comarca de Ji-Paraná/RO, 25 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. Foram cumpridos na cidade de Ji-paraná, RO, Pimenta Bueno, Ouro Preto e Porto Velho. Os trabalhos investigativos foram conduzidos por policiais da Delegacia de Polícia Federal de Ji-Paraná, com apoio técnico e operacional da Delegacia de Polícia Civil de Ji-Paraná-RO, 2º Batalhão de Polícia Militar de Ji-Paraná/RO e Polícia Penal através da Diretoria Regional 2.

Concomitantemente às buscas, o Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (GAPE), juntamente com a Polícia Federal, realizou revistas no presídio Agenor Martins de Carvalho com objetivo de cumprir mandados contra os detentos e buscar aparelhos celulares que estavam sendo utilizados para comunicação externa. Também foram utilizados cães farejadores do canil do 2º Batalhão de Polícia Militar do Estado de Rondônia.

Os investigados responderão pelo crime de integrar organização criminosa armada, tráfico de drogas e associação ao tráfico de natureza interestadual, sem prejuízo de outros delitos porventura identificados durante o curso das investigações.

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