Rio de Janeiro, 06 de Fevereiro de 2025

Polícia faz ação para combater logística ilícita em presídios no Ceará

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Quinta, 21 de Novembro de 2024 às 15:07, por: CdB

As investigações identificaram o uso de drones para transporte de itens proibidos, como smartwatches com acesso à Internet, carregadores e chips telefônicos, destinados a integrantes de uma facção criminosa presente no sistema prisional.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Força Integrada da Combate ao Crime Organizado no Ceará deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Falcão Noturno, que visa desestruturar célula criminosa responsável pela utilização de drones para o envio de materiais ilícitos para o interior de unidades prisionais.

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Foram cumpridos três mandados de prisão

A operação resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão para aplicação de medidas cautelares diversas deferidas pela Vara de Delitos de Organização Criminosa. As diligências ocorreram em Fortaleza e Itaitinga/CE.

As investigações identificaram o uso de drones para transporte de itens proibidos, como smartwatches com acesso à Internet, carregadores e chips telefônicos, destinados a integrantes de uma facção criminosa presente no sistema prisional.

As medidas cautelares impostas aos investigados incluem a proibição de ausentar-se da comarca e monitoramento eletrônico, visando garantir a continuidade das investigações e prevenir novas práticas ilícitas.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará, FICCO, é composta pela Polícia Federal (PF), Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará (SAP).

Associação criminosa e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira, em conjunto com o GAECO de São Paulo, deflagrou Operação Abutre para apurar a prática dos crimes de estelionato, falsificação de documento público, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Aproximadamente 40 policiais federais estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva, oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Araçatuba/SP, Birigui/SP, Buritama/SP, Glicério/SP e Belo Horizonte/MG, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Birigui da Justiça Estadual do Estado de São Paulo.

A PF iniciou as investigações em Araçatuba, visto que recebeu informações da existência de um grupo criminoso que realizava fraudes contra seguradoras de vida, forjando vínculos trabalhistas de pessoas falecidas para acionar e receber prêmios dos contratos de seguro firmados pelas empresas vinculadas ao grupo.

As investigações demonstraram que os investigados constituíam empresas de fachada e nelas contratavam serviços de seguro coletivo de vida, junto a grandes empresas do setor. Após, identificavam, por meio do noticiário, pessoas falecidas em decorrência de acidentes automobilísticos e cooptavam os familiares para participar da fraude.

Com a concordância do familiar e de posse dos documentos da vítima dos acidentes, a associação criminosa registrava fraudulentamente os falecidos como empregados das empresas de fachada, constituídas em nome de familiares do líder do esquema criminoso.

O esquema criminoso se mostrou extremamente lucrativo, sendo que os valores ilícitos auferidos eram integralizados pelos investigados por meio da aquisição de propriedades imóveis e veículos.

A pedido da PF, a Justiça Estadual decretou, além das prisões e buscas, o bloqueio de bens e valores dos investigados no montante de aproximadamente R$ 110 milhões, bem como o sequestro do patrimônio identificado.

O nome da Operação Abutre faz alusão aos hábitos necrófagos da ave e ao modus operandi da associação criminosa, que procurava por notícia de acidentes de trânsito com resultado morte, para coaptar familiares da pessoa falecida para participar do esquema criminoso.

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