A acusação constitucional contra Piñera ocorre depois de estar envolvido nos Pandora Papers, ao saber-se que um empresário amigo do governante comprou ações da mineradora Dominga, uma empresa onde participavam dois filhos do presidente.
Por Redação, com Sputnik - de Santiago
A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta terça-feira, após intenso debate, o início do processo de impeachment do presidente Sebastián Piñera. A câmara baixa teve 78 votos a favor, 67 contra e três abstenções.
Os deputados conseguiram juntar os 78 votos necessários para que o processo passe para o Senado.
Está ação está associada ao surgimento do atual presidente nos Pandora Papers, uma investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).
Venda de empresa
O chefe de Estado está sendo acusado de vínculo à venda da empresa mineradora Dominga nas ilhas Virgens Britânicas, revelado na investigação.
Para ser aprovada na Câmara, a destituição precisa de uma maioria simples, já no Senado são precisos dois terços dos votos. Se a acusação for aprovada nas duas casas, o presidente será removido do cargo, ficando impossibilitado de exercer funções públicas por cinco anos, escreve o portal G1.
A acusação constitucional contra Piñera ocorre depois de estar envolvido nos Pandora Papers, ao saber-se que um empresário amigo do governante comprou ações da mineradora Dominga, uma empresa onde participavam dois filhos do presidente. A transação ocorreu em 2010, no valor de US$ 152 milhões (cerca de R$ 838,7 milhões), nas ilhas Virgens, um paraíso fiscal.