MP do Rio denuncia ex-diretores de empresa de combustível 

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Publicado quinta-feira, 1 de setembro de 2022 as 14:01, por: CdB

Entre os acusados, estão os empresários Ludovico Tavares, Antonio Luis de Mello e Souza, Rodrigo Luppi e Felipe Bellotti, denunciados por organização criminosa, estelionato, crime ambiental e contra a ordem econômica.

Por Redação, com Diário do Rio – do Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou quatro ex-diretores da empresa Álcool Química Canabrava S.A por adulteração de combustível. Eles são acusados de misturar metanol, substância considerada altamente tóxica, ao combustível fabricado pela companhia.

Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ)

Entre os acusados, estão os empresários Ludovico Tavares, Antonio Luis de Mello e Souza, Rodrigo Luppi e Felipe Bellotti, denunciados por organização criminosa, estelionato, crime ambiental e contra a ordem econômica. O álcool adulterado recebia certificado de qualidade falso e era vendido para as principais distribuidoras de combustível do país, como Ipiranga, Shell e Petrobrás, que eram enganadas pelo grupo.

O Ministério Público afirma que os criminosos lucraram mais de R$ 9 milhões com as fraudes.

Fraude

Agência Nacional do Petróleo (ANP), após uma vistoria e coleta, constatou que o etanol estava adulterado por metanol. A apuração sobre a origem do combustível adulterado prosseguiu vindo a ser revelado um esquema milionário que, além de causar prejuízo às distribuidoras, lesou um número incalculável de consumidores que abasteceram seus veículos com combustível adulterado por metanol.

A empresa Álcool Química Canabrava também foi denunciada pelo artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/1998). A 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado do TJRJ determinou também o bloqueio de bens dos denunciados

No começo da tarde desta quinta-feira, o Diário do Rio recebeu uma nota de esclarecimento da empresa acusada. Em nota, eles afirmam que o fato que está sendo investigado aconteceu em 2016. E que os diretores, ou a própria usina, não foram alvos de apreensão nesta manhã.

Nota na íntegra:

“A Usina Nova Canabrava esclarece que a adulteração de combustível a que esta ação da Polícia Civil se refere tem relação a fatos ocorridos no ano de 2016 e que, sobre isso, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) já emitiu atestado segundo o qual não foi constatada qualquer adulteração nos reservatórios de etanol da empresa.

Esclarece, ainda, que nem a usina nem nenhum diretor foram alvos da busca e apreensão ocorrida na manhã desta quinta-feira. A usina soube do ocorrido através da imprensa. Tão logo seja informada dos autos em curso estará à disposição para maiores esclarecimentos.”

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