A reunião sul-americana faz parte do esforço de Lula para resgatar o protagonismo do Brasil no cenário internacional, após quatro anos em que o país foi rebaixado à condição de pária nas relações internacionais com Jair Bolsonaro (PL).
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com honras de Estado no Palácio do Planalto, nesta manhã de segunda-feira. A reunião bilateral foi inicialmente privada. Mais tarde será ampliada para outros integrantes da comitiva venezuelana e do governo brasileiro. Ele vem ao país para a cúpula de líderes da América do Sul nesta terça-feira e chegou ao Palácio às 10h40.
A reunião sul-americana faz parte do esforço de Lula para resgatar o protagonismo do Brasil no cenário internacional, após quatro anos em que o país foi rebaixado à condição de pária nas relações internacionais com Jair Bolsonaro (PL). O governo quer também, junto aos vizinhos, construir uma agenda de cooperação em várias áreas, como infraestrutura e saúde.
Almoço
Ao subir a rampa no Planalto, Maduro estava acompanhado da mulher, Cilia Flores, e foi recebido por Lula e a primeira-dama, Janja da Silva. O chefe do governo da Venezuela não vem ao Brasil desde julho de 2015, quando veio para a cúpula do Mercosul em Brasília, ainda no governo de Dilma Rousseff (PT). Após uma breve entrevista coletiva, os casais dirigiram-se a um almoço em homenagem ao chefe de Estado venezuelano.
Todos os chefes de Estado da América do Sul estarão em Brasília para a cúpula, nesta terça-feira. Exceto a peruana Dina Boluarte, impedida pela Constituição de seu país, que tomou posse como presidente do Peru em fevereiro após uma tentativa de golpe de Estado fracassada do ex-presidente Pedro Castillo.
O argentino Alberto Fernández, o chileno Gabriel Boric, o colombiano Gustavo Petro, o uruguaio Luis Lacalle Pou e o paraguaio Mario Abdo Benítez garantiram presença no encontro. O equatoriano Guillermo Lasso também deve comparecer, apesar da grave crise institucional de seu país.
Para evitar o processo de impedimento em curso no seu país, Lasso dissolveu a Assembleia Nacional (Parlamento) do Equador há duas semanas e convocou novas eleições parlamentares e presidenciais. A medida por decreto é conhecida como “morte cruzada”. Embora autorizada pela Constituição do país, não havia sido adotada até então.