A demissão atingiu a cúpula do Executivo, logo abaixo dos ministros, com posições de confiança, os cargos de natureza especial (secretários), e antigos DAS 5 e 6. Nos próximos dias, avança para os DAS 3 e 4 e, ao longo das primeiras semanas de janeiro, atingirá todo o espectro de comissionados.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou o processo de “desbolsonarização” da máquina federal, nesta sexta-feira, com as demissões de funcionários em cargos do segundo escalão dos 37 ministérios. Na primeira leva, o número de demissões supera 1,4 pessoas, segundo as contas do ministro da Casa Civil, Rui Costa. O processo, focado nos cargos de confiança de chefia, continua ao longo das próximas semanas.
A demissão atingiu a cúpula do Executivo, logo abaixo dos ministros, com posições de confiança, os cargos de natureza especial (secretários), e antigos DAS 5 e 6. Nos próximos dias, avança para os DAS 3 e 4 e, ao longo das primeiras semanas de janeiro, atingirá todo o espectro de comissionados.
Demanda
A sigla DAS significa “direção e assessoramento superior” e segue usual no jargão político e administrativo do governo, embora não exista mais oficialmente. A gestão Jair Bolsonaro promoveu uma reforma estrutural dos cargos do Executivo, criando um escalonamento maior e alterando remunerações, que permitiu pagar salários mais altos para cargos do topo dos ministérios.
— Vão sair muito mais. Primeiro fomos cortando os de DAS 5 para cima. Cada ministério cortou na medida da demanda dos ministros. Ou a gente foi identificando pessoas incompatíveis com a função, pessoas de todo tipo — acrescentou Costa.
O ministro afirma, ainda que as pessoas demitidas “não são adequadas para o papel”. Entre os demitidos está a assessora pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela posou envolta na bandeira do Brasil nas redes sociais e com o pedido: “FFAA, salvem o Brasil”.
— Todos serão substituídos — concluiu.