O autor do crime de ódio, Rafael de Oliveira, 24, contou à polícia que apoia Bolsonaro e o desentendimento entre eles começou por questões políticas. A Justiça de Mato Grosso decretou a prisão preventiva do assassino confesso. De acordo com as autoridades, o autor tentou decapitar a vítima e, após o crime, filmou o corpo.
Por Redação - de São Paulo
Em ato de campanha neste sábado, em Taboão da Serra, Grande São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu a Jair Bolsonaro (PL) a responsabilidade pela morte do cortador de lenha Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, apoiador dele. Lula afirmou que tentou localizar a família da vítima nesta manhã, mas que não conseguiu. Contou que pediu ao senador Paulo Rocha (PT-PA) para buscar informações sobre seus familiares.
— O PT tem a obrigação de saber todas as coisas para ajudar essa família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro — disse Lula.
Na quinta, em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá (Mato Grosso), o homem que defendia o ex-presidente foi morto a golpes de faca e machado após discussão por questões políticas.
Pesquisas
O autor do crime, Rafael de Oliveira, 24, contou à polícia que apoia Bolsonaro e o desentendimento entre eles começou por questões políticas. A Justiça de Mato Grosso decretou a prisão preventiva do assassino confesso. De acordo com as autoridades, o autor tentou decapitar a vítima e, após o crime, filmou o corpo.
O ex-presidente participou de comício em Taboão da Serra. No evento, Lula comentou pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira e afirmou que Bolsonaro "não dormiu" após o resultado. O levantamento mostrou Lula liderando a corrida de primeiro turno com 45% das intenções de voto, ante 34% de Bolsonaro.
— A quantidade de dinheiro que ele está gastando, quantidade de coisa que ele está tentando fazer com medo que a gente ganhe. Quero que ele saiba que ele pode dar o dinheiro do mundo que ele não vai comprar a consciência de 215 milhões de brasileiros — acrescentou Lula.
O ex-presidente estava acompanhado de seu vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), do candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad, e do ex-governador Márcio França (PSB), candidato ao Senado na chapa encabeçada por Haddad.