Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 2025

Lira adianta que abrirá processos contra Google e Facebook

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Quarta, 03 de Maio de 2023 às 16:28, por: CdB

Segundo o presidente da Câmara, o assunto é complexo e o Brasil continua preso em um clima de polarização. Por isso, a votação do PL precisou ser adiada, na noite da última terça-feira, sem que uma nova data tenha sido determinada para a análise do texto.


Por Redação - de Brasília

Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) adiantou, nesta quarta-feira, que a Casa entrará com uma ação judicial contras as chamadas ‘big techs’, pela atuação que elas tiveram durante as discussões do PL das Fake News. Em entrevista ao canal de TV por assinatura Globonews, o parlamentar afirmou que a pressão foi "horrível, desumana”.

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Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) se afastou do ex-presidente Bolsonaro e se aproximou de Lula


— Pedi (na véspera) ao advogado da Câmara… Vou movimentar a Procuradoria, e também o diretor-geral (da Câmara), para que forneçam dados, sobre abusos que houveram. Defender o seu pleito, tranquilo, mas usar os seus instrumentos para impulsionar ou atrapalhar ou cercear que a outra parte se movimente e se mobilize, e aí convergindo todos os meios que detém, pelos algoritmos que possuem, de influencia nos Estados, a pressão foi horrível, desumana, e mentirosa — disse Lira.

Prudência


O parlamentar acrescentou que as big techs - entre elas o Google e a Meta, dona do Facebook e Instagram - praticaram "atos quase de horror" contra os deputados.

— Estamos colecionando relatos, os deputados se comunicaram comigo por mensagem, refletindo ameaças físicas, por meio das redes sociais, pessoas, os seus assessores, articuladores, deputados que foram ameaçados por outros deputados na Casa. Estamos angariando todas as informações, já pedimos à advocacia da Câmara, e já pedimos ao corpo técnico da Câmara para em detrimento do que politicamente os deputados pensam, as big techs ultrapassaram todos os limites da prudência. Se a gente puder comparar, é como se tivessem impedido o funcionamento de um Poder. Vamos entrar com ação responsabilizando pelo ato quase de horror que eles praticaram na vida dos deputados em uma semana para a votação desta matéria. A Câmara vai agir — disse ainda.

Segundo o presidente da Câmara, o assunto é complexo e o Brasil continua preso em um clima de polarização. Por isso, a votação do PL precisou ser adiada, na noite da última terça-feira.

— Não temos como dizer se o STF vai se pronunciar sobre esse assunto porque há uma relatoria do ministro Toffoli sobre isso. O clima não está fácil de ser conduzido no parlamento, por diversos motivos. Tanto pela complexidade do assunto, como pela polarização. As discussões dizem respeito a tudo, menos ao texto. Todos os gestos foram feitos, mas ontem o assunto estava tenso e tumultuado e não havia condições sobre o que o texto representa — sublinhou.

Darkweb


Lira citou, ainda, os ataques às escolas do país. Segundo ele, quase 90 emendas foram propostas ao texto do relator Orlando Silva (PCdoB-SP).

— Quem é pai sabe o que acontece nas escolas. Precisamos de verificação das senhas e das contas, existem as darkwebs, mas você reproduzir uma matéria vai estar colocando a sua digital. — concluiu.

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