O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, compartilhou os planos de Londres e seus aliados da OTAN em caso de uma eventual invasão russa da Ucrânia, que incluem sanções, auxílio à Ucrânia e um aumento das tropas da OTAN ao longo da periferia do bloco.
Por Redação, com Sputnik - de Londres
A promessa surge em meio às tensões em torno do suposto aumento das tropas russas na fronteira com a Ucrânia.
Diversos países ocidentais expressaram preocupação que o movimento das tropas pode sugerir uma futura invasão da Ucrânia, apesar de o Kremlin refutar de maneira veemente a hipótese.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, compartilhou os planos de Londres e seus aliados da OTAN em caso de uma eventual invasão russa da Ucrânia, que incluem sanções, auxílio à Ucrânia e um aumento das tropas da OTAN ao longo da periferia do bloco.
– Se a Rússia for tão precipitada e louca para invadir o território soberano da Ucrânia, haveria um pacote extremamente duro de sanções econômicas montado por nossos aliados, montado pelo Reino Unido. Seria inevitável o aumento das forças da OTAN nas regiões da periferia – afirmou.
Johnson anunciou que a invasão da Ucrânia será "catastrófica", não apenas para o país e para a Rússia, como "para todo o mundo".
Scholz sinaliza abertura de diálogo com Rússia
O chanceler alemão deixou claro que espera ter discussões construtivas com o governo russo, mas que essa aproximação não significa uma nova "política oriental" da Alemanha.
Olaf Scholz expandiu o comentário, destacando a diferença entre políticas locais e políticas europeias.
– Nós estamos prontos para ter um diálogo construtivo (com a Rússia) (...) nós precisamos estar prontos para fazer tentativas mais frequentes de obter entendimentos mútuos, parar a espiral de escalada, como aconteceu temporariamente com a ajuda do Quarteto da Normandia. Mas essa aproximação não deve ser confundida com uma nova 'política oriental' alemã. Uma 'política oriental' em Europa unida só pode ser uma 'política oriental' europeia. Ela é baseada nos princípios da legislação e ordem pacífica europeias, cujo cumprimento foi assumido pela Rússia e depois gravemente violadas com a anexação da Crimeia – disse Scholtz em conversa com parlamentares.
O chanceler também declarou que vai avaliar de maneira semelhante a delicada situação envolvendo a fronteira entre Rússia e Ucrânia.
– Nós estamos assistindo com muita preocupação nesses últimos dias à situação envolvendo a segurança na fronteira Rússia-Ucrânia. Faremos consultas intensivas a este respeito na Cúpula da UE e na Cúpula da Parceria Oriental de hoje (…) Qualquer violação da integridade territorial terá um custo elevado, e vamos falar com os nossos parceiros europeus e aliados transatlânticos como uma só voz – disse Scholz.
Os comentários de Olaf Scholz são uma resposta à crescente tensão na fronteira da Rússia com a Ucrânia. O governo russo vem recebendo acusações sobre suposta concentração de tropas na região, o que estabeleceu um desconforto entre o Kremlin e a OTAN.
O chanceler alemão é o quarto líder do Ocidente a entrar nessa discussão. O presidente russo Vladimir Putin participou de reuniões com Joe Biden, presidente dos EUA, e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, e também conversou por telefone com o presidente francês Emmanuel Macron.