Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Inflação tende a fechar o ano dentro da meta, já admitem os economistas

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Segunda, 23 de Outubro de 2023 às 18:52, por: CdB

Esta é a segunda semana seguida que o boletim marca que economistas ligados ao mercado financeiro esperam que a inflação estará em 4,75% ou abaixo disso em 2023. É a segunda vez, portanto, que esses mesmos economistas estimam que o índice oficial de aumento de preços do país estará dentro da meta estipulada para o ano.


Por Redação - de Brasília

Os economistas consultados pela pesquisa semanal Focus, do Banco Central (BC), admitiram na última edição do estudo, divulgada nesta segunda-feira, que a inflação no país deve fechar o ano em 4,65%. Dentro, portanto, da meta estabelecida pela autoridade monetária do país.

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O preço dos cereais tem caído nos últimos meses, o que ajudou na queda dos índices de inflação


Esta é a segunda semana seguida que o boletim marca que economistas ligados ao mercado financeiro esperam que a inflação estará em 4,75% ou abaixo disso em 2023. É a segunda vez, portanto, que esses mesmos economistas estimam que o índice oficial de aumento de preços do país estará dentro da meta estipulada para o ano desde de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse, em janeiro.

A meta de inflação para 2023 é 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Isso significa que, na prática, a inflação pode chegar até 4,75% em 2023.

 

Taxa básica


A meta foi estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) ainda em 2020, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde aquele ano, autoridades monetárias do país não conseguem fazer com que o índice fique dentro do estipulado, apesar do aumento recorde da taxa básica de juros, a Selic, entre 2021 e 2022.

O CNM estipulou que, em 2021, a inflação acumulada medida pelo IPCA deveria ficar entre 2,25% a 5,25%. O índice ficou em 10,06%, com alta puxada pelo preço dos combustíveis. Em 2022, o CNM estabeleceu que a inflação deveria ficar entre 2% e 5%. O índice apurado pelo IBGE superou essa meta por 1,29 pontos percentuais.

Economistas ligados a bancos iniciaram o ano estimando uma inflação acima dos 5% – ou seja, fora da meta. Com o passar dos meses, aumentaram essas estimativas para cerca de 6%, apesar de o governo ratificar seu compromisso com controle da alta dos preços.

 

Projeções


A partir do final de maio, as previsões para a inflação começaram a melhorar. Em junho, o BC cortou a Selic pela primeira vez em três anos e as expectativas sobre o aumento de preços continuaram melhorando. Em outubro, enfim, as previsões dos economistas indicam que a inflação estará na meta.

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,9%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Por fim, a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.

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