A determinação judicial de responsabilizá-lo por integrar o golpe de Estado fracassado em 8 de Janeiro significará, segundo fontes comentaram com a mídia conservadora, o corte de seu salário a expulsão dos quadros da Polícia Federal (PF). Torres está preso há mais de quatro meses.
Por Redação - de Brasília
O envolvimento do delegado federal Anderson Torres com o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) determinou o encerramento de sua carreira no Serviço Público. Preso e desmoralizado, Torres começa a perceber o peso dos seus atos e, segundo o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), está agora “desesperado”.
A determinação judicial de responsabilizá-lo por integrar o golpe de Estado fracassado em 8 de Janeiro significará, segundo fontes comentaram com a mídia conservadora, o corte de seu salário a expulsão dos quadros da Polícia Federal (PF). Torres está preso há mais de quatro meses. Ele teve sua prisão preventiva decretada no dia 10 de janeiro, dois dias depois dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no âmbito do inquérito que apura a responsabilidade de autoridades nos atos antidemocráticos.
Neste domingo, Izalci Lucas disse a jornalistas que o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres não vê as três filhas há 114 dias.
— Ele está sem ver as filhas há quase quatro meses. Ele chorou o tempo todo quando falou da família — relatou o senador, que visitou o preso neste domingo.
Vetado
Izalci Lucas disse, ainda, que Torres pediu ajuda para que o processo legal seja garantido. O senador criticou a manutenção, até hoje, da prisão efetuada em 14 de janeiro. Torres é suspeito de conivência com atos antidemocráticos. Ele está detido no Batalhão de Aviação Operacional, da Polícia Militar do DF (PMDF), localizado no Guará.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito dos atos antidemocráticos, autorizou que 38 senadores da República visitem o ex-secretário de Segurança Pública no presídio, embora tenha vetado a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no grupo.