Em uma das eleições mais acirradas dos últimos tempos, os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) chegam ao segundo turno da Cidade de São Paulo, em um cenário dividido. Pablo Marçal (PRTB), que polarizou a disputa nas últimas semanas, está fora da disputa e enfrenta, doravante, uma batalha judicial.
Por Redação – de São Paulo
Com 97,50% das urnas apuradas, a corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com 29,53% dos votos, seguido de perto por Guilherme Boulos (PSOL) com 29,02%, passaram ao segundo turno das eleições mais acirradas dos últimos tempos. Pablo Marçal (PRTB), em terceiro lugar com 28,14%, fica de fora da disputa.
Ricardo Nunes, que tenta a reeleição como prefeito de São Paulo, tem baseado sua campanha na continuidade das políticas e projetos implementados durante sua gestão. Sua liderança, com mais de 1.759.033 votos, mostra o apoio consolidado entre eleitores que acreditam na estabilidade administrativa e na experiência do candidato.
Nunes focou grande parte de sua campanha em áreas como mobilidade urbana, saúde e educação, reforçando os programas já existentes e propondo melhorias. A estratégia parece ter surtido efeito entre os eleitores mais conservadores e entre aqueles que valorizam a continuidade dos projetos da atual administração.
Propostas
O professor Guilherme Boulos, que passou de 1.732.399 votos, vem consolidando seu espaço como uma alternativa progressista. Defensor de pautas voltadas para a inclusão social e moradia popular, Boulos conquistou uma fatia significativa do eleitorado jovem e progressista. Sua campanha focou em propostas de redistribuição de renda, combate à desigualdade e melhorias no sistema habitacional.
O crescimento de Boulos reflete uma demanda por renovação política e alternativas ao establishment. Suas propostas atraíram eleitores que buscam mudanças mais radicais nas políticas públicas, especialmente em áreas como habitação e direitos trabalhistas.