De acordo com o sindicato patronal, em dezembro do ano passado, as distribuidoras já haviam elevado o preço, antecipando o fim da isenção dos impostos federais sobre a gasolina e etanol, o que de fato ainda não ocorreu, uma vez que o benefício foi prorrogado.
Por Redação - de Curitiba e Rio de Janeiro
O Paranapetro, sindicato patronal paranaense que representa os postos de combustíveis, informou nesta sexta-feira que as distribuidoras estão repassando aumentos significativos no preço da gasolina desde o início da semana. Segundo a nota, são acréscimos de até 10 centavos no litro do combustível.
De acordo com a instituição, em dezembro do ano passado, as distribuidoras já haviam elevado o preço, antecipando o fim da isenção dos impostos federais sobre a gasolina e etanol, o que de fato ainda não ocorreu, uma vez que o benefício foi prorrogado. Além disso, há relatos de postos que estão tendo dificuldades de comprar produtos das distribuidoras.
Por parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ala política quer prorrogar a desoneração dos combustíveis e enfrenta uma queda de braço com a equipe econômica, que argumenta não haver espaço fiscal para a medida. Uma das ideias em estudo é de que a volta da cobrança de impostos federais seja feita de forma gradual.
Mercado
A decisão precisará ser tomada até o próximo dia 28, quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool. O presidente Lula, por sua vez, disse que cabe a ele arbitrar a disputa.
Outra alternativa em análise será prorrogar a desoneração por um prazo curto, o que daria mais tempo para a estatal fazer as mudanças necessárias na política de preços da companhia e acompanhar a evolução do mercado.
Lula avalia, no entanto, ser necessário encontrar uma fórmula para que os combustíveis não aumentem de uma hora para a outra, porque isso vai causar impacto na classe média. Na avaliação do presidente, a classe média também precisa ser “compensada” pelo que chama de erros do governo de Jair Bolsonaro (PL).