Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Cuba critica relatório dos EUA sobre Direitos Humanos

Arquivado em:
Terça, 21 de Março de 2023 às 09:54, por: CdB

O chanceler cubano respondeu que, “com o histórico vergonhoso de violações e abusos de seus próprios cidadãos”, os Estados Unidos “devem abster-se de estigmatizar os outros”.


Por Redação, com EFE - de Havana


O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, criticou nesta terça-feira o recém-publicado relatório sobre direitos humanos elaborado pelos Estados Unidos, no qual o país é descrito como um “Estado autoritário”.




cuba.jpg
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez

Rodríguez considerou no Twitter que “são inaceitáveis” as “calúnias” sobre Cuba contidas neste documento do Departamento de Estado relativo a 2022, no qual os EUA apontaram “numerosos abusos” em Cuba, como “detenções arbitrárias” ou “privação de liberdade por motivos políticos”.


O relatório também menciona que “o Poder Judiciário está diretamente subordinado à Assembleia Nacional (Parlamento unicameral) e ao Partido Comunista de Cuba” (PCC, o único legal), apesar “da Constituição reconhecer sua independência”.


O chanceler cubano respondeu que, “com o histórico vergonhoso de violações e abusos de seus próprios cidadãos”, os Estados Unidos “devem abster-se de estigmatizar os outros”.


Ele acrescentou que os EUA “tentam em vão disfarçar sua conduta intervencionista e interferente” na ilha.


No documento, os EUA citam relatórios de ONGs como Justiça 11J, Prisoners Defenders e Human Rights Watch em que denunciam “assédio, intimidação e ataques físicos” por parte de “agentes das forças de segurança” contra dissidentes políticos e defensores dos direitos humanos em Cuba.



Acusações de crimes


O texto também critica as acusações de crimes como “assalto e sedição” contra várias pessoas que saíram às ruas em 11 de julho de 2021 para protestar contra o governo cubano.


Cerca de 180 manifestantes foram acusados de sedição e pelo menos 171 foram condenados a uma média de 10 anos e 2 meses de prisão cada”, segundo o relatório.


Este relatório do Departamento de Estado serve como um guia para o Congresso dos Estados Unidos ao determinar a ajuda externa que concede a cada nação.


Os EUA também manifestaram preocupação em seu relatório anual sobre direitos humanos sobre tortura, execuções e repressão supostamente cometidas em países como Rússia, Nicarágua e China.



Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo