Wajngarten enviou em abril último a Cid um artigo do jornalista Ricardo Noblat, no diário brasiliense Metrópoles, intitulado ‘Bolsonaro arrasta com ele para a lama seus mais fiéis servidores’. Surpreendentemente, Cid concordou com o teor do artigo, respondendo que "não deixa de ser verdade".
Por Redação - de Brasília
Ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid teria admitido que se sentia “arrastado para a lama” devido à sua atuação junto com Bolsonaro. A revelação foi constatada em mensagens de WhatsApp trocadas entre Cid e o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, obtidas com exclusividade pela coluna da jornalista Juliana Dal Piva, no portal de notícias UOL.
Wajngarten enviou em abril último a Cid um artigo do jornalista Ricardo Noblat, no diário brasiliense Metrópoles, intitulado ‘Bolsonaro arrasta com ele para a lama seus mais fiéis servidores’. Surpreendentemente, Cid concordou com o teor do artigo, respondendo que "não deixa de ser verdade".
As mensagens vieram à tona no dia anterior ao depoimento de Cid à Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito que investiga o desvio das joias sauditas presenteadas à Presidência da República. Durante seu testemunho, prestado em 5 de abril, Cid afirmou que a busca por presentes recebidos pelo então presidente era uma prática rotineira e "normal".
Na cadeia
Preso em uma unidade militar desde maio último, Cid terá ainda o seu nome arrastado pelas ruas do país, ao lado de Bolsonaro, por integrantes dos movimentos populares que integrarão o 29º Grito dos Excluídos. Eles exigem a prisão imediata do ex-mandatário neofascista.
Este movimento, marcado para ocorrer por todo o Brasil nesta quinta-feira, é organizado pela Central de Movimentos Populares (CMP), pastorais sociais da Igreja Católica, diversos movimentos populares e sociais, sindicatos e organizações sociais. O lema deste ano é ‘Você tem fome e sede de quê?’.