Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Chefe do Pentágono visita Bagdá para apoiar Iraque e debater saída da Síria

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Terça, 12 de Fevereiro de 2019 às 11:45, por: CdB

O presidente Donald Trump disse neste mês que a presença norte-americana é necessária para observar o Irã, o que extrapola a missão declarada da coalizão liderada pelos EUA no Iraque e na Síria – derrotar o Estado Islâmico.

Por Redação, com Reuters - de Bagdá

O secretário de Defesa interino dos Estados Unidos, Patrick Shanahan, chegou a Bagdá nesta terça-feira para uma visita não anunciada durante a qual disse que enfatizará a importância da soberania iraquiana e abordará o futuro dos soldados dos EUA no país.
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Patrick Shanahan em Arlington, na Virgini
O presidente Donald Trump disse neste mês que a presença norte-americana é necessária para observar o Irã, o que extrapola a missão declarada da coalizão liderada pelos EUA no Iraque e na Síria – derrotar o Estado Islâmico. – Estamos no Iraque a convite do governo, e nossos interesses são criar recursos de segurança iraquianos – disse Shanahan aos repórteres que o acompanham em sua primeira visita ao Iraque. – Quero ouvir em primeira mão deles sobre as preocupações, a dinâmica política que estão enfrentando e depois, com base nisso, obviamente incluiremos isso em nosso planejamento. Shanahan deve se encontrar com líderes como o primeiro-ministro, Adel Abdul Mahdi, e também debaterá com comandantes norte-americanos a retirada de tropas dos EUA da Síria. Trump causou revolta em Bagdá neste mês ao dizer que é importante manter uma presença militar norte-americana no Iraque para que Washington possa ficar de olho no Irã “porque o Irã é o verdadeiro problema”. O Iraque está em uma posição difícil agora que as tensões entre seus dois maiores aliados, Washington e Teerã, aumentam. Os comentários de Trump provocaram críticas generalizadas dos líderes iraquianos, inclusive Abdul Mahdi, e provocaram dúvidas sobre a permanência de longo prazo dos cerca de 5.200 soldados norte-americanos no país 16 anos após a invasão liderada pelos EUA que depôs Saddam Hussein. As tropas, parte de um acordo com Bagdá, têm a missão específica de combater o terrorismo e deveriam se ater a isso, disse o presidente iraquiano, Barham Salih, depois dos comentários de Trump. Políticos do Parlamento iraquiano alinhados a Teerã aproveitaram a indignação para reiterar sua exigência de que a missão dos EUA no Iraque seja restringida e que o número de tropas diminua. Indagado se soldados dos EUA na Síria podem ser enviados ao Iraque, Shanahan respondeu que terá conversas a este respeito durante a visita. O general do Exército dos EUA Joseph Votel, chefe do Comando Central norte-americano, disse na segunda-feira que não acredita que Washington aumentará consideravelmente o número das tropas no Iraque.
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