Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Chanceler russo ressalta o crescimento do neonazismo, na Ucrânia

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Domingo, 02 de Junho de 2024 às 13:46, por: CdB

O chanceler citou como exemplo a falta de reação do Ocidente à política discriminatória de Kiev contra seus cidadãos que falam russo e à proibição de usar o idioma natal na vida pública do país.

Por Redação, com Sputnik – de Moscou

As autoridades de Kiev são usadas pelos EUA como ferramentas na luta contra a Rússia e, portanto, “tudo é perdoado a elas”, destacou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov. O chanceler lembrou que, há 20 anos, Moscou apresentou na ONU uma resolução sobre a luta contra a glorificação do nazismo, à qual Washington votou contra.

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O nazismo tem influenciado cada vez mais jovens, na Ucrânia, dispostos a lutar contra a Rússia

— O duplo padrão e a conivência com relação a Kiev, perdoando-lhes qualquer coisa e tudo, incluindo essas ações abertas para introduzir a teoria e a prática nazista, tornaram-se comuns apenas porque essas pessoas são convenientes para o Ocidente e os Estados Unidos como uma ferramenta na luta contra a Rússia — afirmou Serguei Lavrov, em uma entrevista a um projeto russo em memória das vítimas do nazismo.

 

Discriminação

O chanceler citou como exemplo a falta de reação do Ocidente à política discriminatória de Kiev contra seus cidadãos que falam russo e à proibição de usar o idioma natal na vida pública do país.

— No entanto, eles investigam qualquer coisa apenas quando se trata de algo contra a Rússia — acrescentou.

Lavrov lembrou que em agosto de 2021 Vladimir Zelensky recomendou aos falantes de russo da Ucrânia “mudar-se para a Rússia pelo bem de seus filhos e netos”.

— Isso é racismo e nazismo — pontuou o chanceler.

 

Resolução

O ministro lembrou, ainda, que há quase 20 anos a Rússia apresentou uma resolução na Assembleia Geral da ONU contra a glorificação do nazismo. Segundo Lavrov, a resolução foi aprovada com poucas abstenções, em sua maioria europeias.

Os EUA votaram inicialmente contra, explicando que a Constituição exige “liberdade de expressão”, razão pela qual se oporiam à adoção desse tipo de princípios nas atividades modernas da ONU, apontou.

O ministro ressaltou que, após o lançamento da operação militar especial contra o nazismo na Ucrânia, os países europeus que se abstiveram na Assembleia Geral sobre a resolução contra a glorificação do nazismo começaram a votar contra.

— Até mesmo Alemanha, Japão e Itália votaram contra e continuam votando. Países que, quando foram admitidos na ONU, prometeram que ‘nunca mais’. O nazismo ressurge depois de tudo — concluiu.

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