A tese adotada pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é que o tenente-coronel Mauro Cid e os seguranças teriam agido em "proveito próprio” visando ingressar nos Estados Unidos sem terem sido efetivamente vacinados contra o coronavírus.
Por Redação - de Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já jogou às feras o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e considerado braço direito do ex-mandatário neofascista, preso pela Polícia Federal (PF) no âmbito da ‘Operação Venire’, que apura a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 de Bolsonaro, familiares e aliados. Mesmo em relação às joias milionárias recebidas da Arábia Saudita, Bolsonaro atribui a Cid os atos ilegais praticados ao longo do processo.
A jornalista Thaís Oyama, do portal de notícias UOL, publicou nesta segunda-feira que a defesa de Bolsonaro pretende alegar a plena ignorância do ex-mandatário sobre a fraude nos cartões de vacina e afirmar que o militar e os seguranças presos pela PF - o sargento Max Guilherme Machado de Moura e o capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro - teriam falsificado os documentos “em proveito próprio”.
Jurisdição
A tese adotada pela defesa de Bolsonaro é que Cid e os seguranças teriam agido em "proveito próprio” visando ingressar nos Estados Unidos sem terem sido efetivamente vacinados contra o coronavírus.
“É que eles também têm o direito a visto A1, mas só quando acompanham a comitiva de um presidente, ou ex-presidente, no caso ele era presidente da República ainda quando foi para os EUA. Esse visto A1 é diplomático e isenta o portador da jurisdição que está valendo no momento. Isso quer dizer que tanto um quanto o outro não precisariam apresentar o certificado de vacinação porque estavam na comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro”, destaca a colunista, que cita ainda as outras viagens de Mauro Cid, aos EUA.