O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira, a decisão unânime de manter inalterada a taxa de juros. A grande maioria dos analistas financeiros apostava nessa hipótese, confirmada no encerramento da reunião, nesta tarde. Economista-chefe da XP, Caio Megale já acreditava que o Copom manteria, por unanimidade, a taxa em 10,5% ao ano.
Por Redação – de Brasília
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira, a decisão unânime de manter inalterada a taxa de juros. A grande maioria dos analistas financeiros apostava nessa hipótese, confirmada no encerramento da reunião, nesta tarde.
Economista-chefe da XP, Caio Megale já acreditava que o Copom manteria, por unanimidade, a taxa em 10,5%.
— É um nível em que a taxa de juros já está acima da neutra, então já está contracionista. Está segurando a economia e trazendo a inflação para baixo. E isso é importante, porque como a inflação está acima da meta, a política monetária precisa ser ainda contracionista. Por isso que não tem mais espaço, pelo menos no curto prazo, para cortes — disse Megale.
Modelo
O economista-chefe da XP aponta ainda que o Copom tende a ser mais duro na comunicação ao apontar por manter a taxa de juros parada, tendo em vista que, desde a última reunião, a taxa de câmbio voltou a se depreciar e as projeções de inflação continuaram desviando da meta.
Neste sentido, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, também esperava que a taxa fosse mantida, em uma decisão unânime.
— Acreditamos que as inflações do modelo do BC apresentaram alta significativa em relação à decisão de junho, principalmente devido à depreciação cambial recente. Esta alta das projeções no cenário de referência e alternativo deve manter a preocupação do mercado com a inflação e, consequentemente, a precificação de alta de juros à frente — resumiu Pinheiro.