Rio de Janeiro, 03 de Dezembro de 2024

Em resposta aos EUA, China apoia o ingresso do Brasil na Nova Rota da Seda

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Sexta, 25 de Outubro de 2024 às 19:38, por: CdB

Em nota assinada pelo porta-voz da embaixada, Li Qi, a China criticou o conselho de Tai, classificando-o como ‘irresponsável’ e desrespeitoso com a soberania do Brasil. A declaração também destacou que a cooperação sino-brasileira é baseada em igualdade e benefícios mútuos.

Por Redação – de Brasília

A Embaixada da China no Brasil manifestou, nesta sexta-feira, uma profunda insatisfação com o comentário feito pela chefe de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, que aconselhou o governo brasileiro a pesar os riscos de uma eventual adesão à Nova Rota da Seda, projeto global de investimentos liderado pela China. O tema deve ganhar destaque em novembro, quando o presidente chinês, Xi Jinping, fará uma visita ao Brasil.

China reserva recursos para financiar grandes projetos, na Nova Rota da Seda

Em nota assinada pelo porta-voz da embaixada, Li Qi, a China criticou o conselho de Tai, classificando-o como ‘irresponsável’ e desrespeitoso com a soberania do Brasil. A declaração também destacou que a cooperação sino-brasileira é baseada em igualdade e benefícios mútuos, afastando qualquer necessidade de ‘ditames externos’ sobre os caminhos de parceria escolhidos pelo Brasil.

“O Brasil merece ser respeitado. É uma grande nação que defende sempre sua independência e tem grande projeção internacional. O Brasil não precisa que outros venham lhe ditar com quem deve cooperar ou que tipo de parcerias deve conduzir,” frisou a nota da embaixada.

 

Cautela

Os chineses, maiores parceiros comerciais do Brasil, argumentam que, ao contrário dos supostos riscos mencionados por Tai, a parceria com a China reforça a balança comercial brasileira. 

O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda avalia as implicações de uma eventual adesão ao projeto chinês. Lula já sinalizou que a análise da proposta deve ser pragmática e enfatizou que tal decisão não alteraria os laços do Brasil com os EUA.

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