Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Após eleições nos EUA, Joe Biden exalta democracia

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Quinta, 10 de Novembro de 2022 às 08:43, por: CdB

Presidente dos Estados Unidos diz que desempenho dos democratas foi melhor que o esperado e que votações de meio mandato americanas foram "um bom dia para a democracia".

Por Redação, com DW - de Washington

O presidente dos EUA, Joe Biden, comemorou na quarta-feira o resultado inicial das eleições de meio mandato, as chamadas midterms, observando que o desempenho de seu partido é muito melhor do que o esperado.

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O presidente dos EUA, Joe Biden

Biden disse que os democratas tiveram "uma noite forte" depois de terem impedido que os adversários conseguissem o sucesso nas urnas que era previsto. Os republicanos obtiveram ganhos modestos, e a tão esperada "onda vermelha" não se concretizou.

A apuração dos resultados ainda está em andamento, e o controle do Senado e da Câmara dos Representantes ainda não está claro.

Falando em uma entrevista coletiva na Casa Branca, Biden expressou otimismo sobre os resultados. "Acho que foi um bom dia para a democracia, e acho que foi um bom dia para os Estados Unidos", disse o presidente.

– Nossa democracia foi testada nos últimos anos, mas com seus votos o povo norte-americano falou e provou mais uma vez que a democracia é quem somos.

Ele elogiou o comparecimento recorde de eleitores e observou que as previsões de um forte desempenho eleitoral do Partido Republicano não se concretizaram.

– Enquanto a imprensa e os especialistas previam uma onda vermelha gigante, isso não aconteceu.

O presidente agradeceu aos jovens eleitores, dizendo que eles votaram para que sejam tratadas questões como mudança climática e violência armada.

Biden também disse esperar que democratas e republicanos continuem a abordagem bipartidária de enfrentamento da agressão da Rússia na Ucrânia após as eleições. Ele informou que convidará para a Casa Branca membros de ambos os partidos para discutir essa abordagem depois que retornar de uma viagem ao exterior.

Possível reeleição

Biden, que completa 80 anos este mês, disse que pretende concorrer à reeleição em 2024, mas que espera tomar uma decisão final no início do próximo ano.

Respondendo a perguntas dos repórteres sobre se buscará um segundo mandato, o presidente americano disse que não quer se sentir pressionado para anunciar sua candidatura. "Nossa intenção é concorrer novamente, essa tem sido nossa intenção", frisou. "Esta é, em última análise, uma decisão da família."

Biden destacou que sua decisão não está relacionada a qualquer anúncio de seu rival de 2020, o ex-presidente republicano Donald Trump, que deve declarar sua intenção de se candidatar na próxima semana.

Apurações continuam

A contagem de votos continua em vários estados dos EUA, com várias disputas importantes ainda sem definição.

Nas eleições de meio mandato, que geralmente castigam o partido que está no poder, toda a Câmara dos Representantes e um terço dos assentos do Senado são renovados, juntamente com vários governos e escritórios locais.

Todos os 435 assentos na Câmara dos Representantes são disputados. Os membros da câmara baixa do Congresso cumprem mandatos de dois anos. E 35 assentos no Senado são postos em disputa, com candidatos cumprindo mandatos de seis anos.

Embora o Partido Republicano tenha conquistado vários assentos na Câmara, nenhum partido chegou ainda à maioria necessária para controlar a casa.

O controle do Senado atualmente depende de disputas em três estados, Arizona, Nevada e Geórgia.

Os dois principais candidatos da Geórgia, Herschel Walker, apoiado por Trump, e o senador democrata Raphael Warnock, irão para um segundo turno a ser realizado no início de dezembro.

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