"O ultradireitista ainda voltou a negar que seja “guru” de Bolsonaro e disse que foi usado pelo presidente. "Eu conversei com ele quatro vezes na minha vida e eu duvido que ele tenha lido um livro meu inteiro. Se ele tivesse lido, muita coisa que ele fez não teria feito", declarou o astrólogo Olavo de Carvalho, pouco antes de morrer.
Por Redação - de Brasília
Pouco antes do Natal, em uma de suas últimas aparições públicas, o astrólogo Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo, criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante participação em uma transmissão ao vivo chamada ConservaTalk. Na ocasião, ele admitiu que “a briga já está perdida”, em referência às eleições de 2022.
— Não venham com esperanças tolas. A briga já está perdida. Existe chance de voltar [a vencer]? Existe uma chance remota, se o Bolsonaro acordar. Eu não sei como fazer o Bolsonaro acordar — previu Carvalho.
O ultradireitista ainda voltou a negar que seja “guru” de Bolsonaro e disse que foi usado pelo presidente.
— Eu conversei com ele quatro vezes na minha vida e eu duvido que ele tenha lido um livro meu inteiro. Se ele tivesse lido, muita coisa que ele fez não teria feito — declarou, em uma de suas tantas declarações nefastas, principalmente contra a cultura brasileira. Olavo de Carvalho morreu devendo 2,9 milhões para Caetano Veloso
Frasista de efeito, Carvalho disseminou notícias falsas e teses conspiratórias, deixando um acervo de inutilidades:
“O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel”, escreveu em maio do ano passado.
“Só um perfeito idiota pode imaginar que a disseminação do vírus chinês no mundo foi um acidente. Mas o Ocidente está repleto de perfeitos idiotas, diante dos quais os chineses têm um justificado senso de superioridade”, em outubro de 2020.
Refrigerantes
“Cigarro não faz mal, isto tudo é uma empulhação da Indústria Farmacêutica que vendem remédios que matam a população”, em agosto de 2019.
“China: um governo que não consegue sequer resolver os problemas de higiene do seu próprio povo quer mandar no mundo”, em novembro de 2019.
“ A distribuição de kits gays continua em alta no Brasil”, em 2018, após a campanha eleitoral, na qual foi mentor de Bolsonaro.
“Para mim essa questão de terra plana é como qualquer outra: ninguém tem certeza de porra nenhuma. As pessoas sensatas se divertem com a investigação, os neuróticos se ofendem com a pergunta”, em julho de 2018.
“Estão usando células de fetos abortados como adoçante nos refrigerantes, na Pepsi”, em janeiro de 2017.