Em escrutínio aberto, a nova composição da Comissão Europeia recebeu 370 votos a favor e 282 contrários, além de 36 abstenções, encerrando meses de negociações para repartir o poder na UE após as eleições de junho passado.
Por Redação, com ANSA – de Bruxelas
O Parlamento da União Europeia aprovou nesta quarta-feira a nova equipe do poder Executivo do bloco, que será chefiado mais uma vez pela alemã Ursula von der Leyen, no poder desde 2019.
Em escrutínio aberto, a nova composição da Comissão Europeia recebeu 370 votos a favor e 282 contrários, além de 36 abstenções, encerrando meses de negociações para repartir o poder na UE após as eleições de junho passado.
A segunda comissão presidida por Von der Leyen recebeu apenas 10 votos a mais que os 360 que correspondem à metade do Europarlamento, com um percentual de 51,39%, pior resultado na história do bloco, o que reflete as divergências explicitadas durante as negociações.
– Hoje é um bom dia para a Europa porque a votação mostrou a manutenção do centro. Estou muito grata pela confiança dada pelo Parlamento Europeu – disse a presidente.
Comissão Europeia
Em julho passado, Von der Leyen havia sido reeleita presidente da Comissão Europeia por mais cinco anos com 401 votos, com o apoio de sua legenda, o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, e dos grupos Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda, Renovar Europa, de centro, e Verdes.
No entanto, a comissão (espécie de ministério) montada pela alemã irritou o campo progressista por incluir como vice-presidente o italiano Raffaele Fitto, aliado próximo da premiê Giorgia Meloni e integrante do grupo de direita e extrema direita Conservadores e Reformistas, que não faz parte da maioria no Europarlamento.
A escolha por Fitto, no entanto, seria uma maneira de Von der Leyen garantir relevância dentro do Executivo à Itália, terceira maior economia e país fundador do bloco, e manter boas relações com Meloni.
Por outro lado, parte do PPE se opôs à nomeação da socialista espanhola Teresa Ribera para outra vice-presidência da Comissão Europeia. Ministra da Transição Ecológica até dois dias atrás, ela é criticada pela centro-direita pela resposta do governo às desastrosas inundações que deixaram mais de 200 mortos na província de Valência em outubro passado.
O Executivo de Von der Leyen será formado por 26 comissários, um de cada Estado-membro da UE, com exceção da Alemanha, país da presidente.