Republicano assumirá o cargo em janeiro e já afirmou que quando retornar ao poder vai acabar com a guerra em ’24 horas’, sem, no entanto, fornecer detalhes do seu plano de paz.
Por Redação, com CartaCapital – de Washington
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “resolver o problema da Ucrânia com a Rússia” será sua prioridade quando assumir o cargo em janeiro e descreveu a situação no Oriente Médio como “menos difícil”.
– A prioridade é resolver o problema entre Ucrânia e Rússia. Os dois países estão sofrendo perdas humanas incríveis. Centenas de milhares de soldados estão morrendo – disse Trump em uma entrevista à revista francesa Paris Match publicada nesta quarta-feira.
– Há muitas crises no mundo. Nos últimos dias, tivemos uma nova na Síria. Eles terão que resolvê-la sozinhos porque não estamos envolvidos lá, e a França também não – acrescentou em Paris, cidade que visitou para assistir à cerimônia de reabertura da Catedral de Notre-Dame.
– O Oriente Médio também é uma grande prioridade, mas acho que é uma situação menos difícil de administrar que Ucrânia e Rússia – acrescentou o próximo presidente dos Estados Unidos, de 78 anos.
Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, já afirmou algumas vezes que quando retornar ao poder vai acabar com o conflito na Ucrânia em “24 horas”.
Suas declarações geraram muita preocupação na ex-república soviética, que teme ser forçada a fazer grandes concessões territoriais à Rússia em troca da paz.
Trump se reuniu no sábado em Paris com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com seu anfitrião, o presidente francês Emmanuel Macron.
Guerra na Ucrânia
Zelensky afirmou na terça-feira que agradece a Trump por sua “forte determinação” de acabar com o conflito na Ucrânia.
Na entrevista, Trump defendeu sua polêmica nomeação de Charles Kushner como embaixador na França.
– É algo grandioso porque é parte da nossa família – declarou Trump sobre o futuro embaixador, 70 anos, pai de seu genro Jared Kushner.
O republicano disse que a França é um país “amigo e aliado” e destacou que sempre teve uma boa relação com o presidente Macron.