Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Trump diz que Arizona receberá enorme onda de imigrantes

Trump, que fez da construção do muro um fundamento de sua presidência, exigiu US$ 5 bilhões do Congresso neste ano para a divisa e ameaçou paralisar o governo se os parlamentares não consentirem.

Sexta, 07 de Dezembro de 2018 às 08:47, por: CdB

Trump, que fez da construção do muro um fundamento de sua presidência, exigiu US$ 5 bilhões do Congresso neste ano para a divisa e ameaçou paralisar o governo se os parlamentares não consentirem.

Por Redação, com Reuters - de Washington 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na quinta-feira, sem apresentar provas, que o Estado do Arizona “está se preparando para um aumento enorme” de imigrantes ao longo da fronteira que não tem cerca de proteção, reiterando seu apelo para que os democratas apoiem o financiamento do muro que propôs erguer na divisa.
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Imigrantes desembarcam de ônibus das autoridades migratórias dos EUA em Phoenix
– O Arizona, juntamente com nossos militares e a patrulha de fronteira, está se preparando para um surto enorme em uma área sem muro. Não os deixaremos passar – escreveu Trump no Twitter, parecendo manter a pressão para os parlamentares aprovarem uma legislação para manter o governo em funcionamento até 30 de setembro do ano que vem.

Segurança

Representantes da Casa Branca, do Departamento de Segurança Interna e do Pentágono não responderam de imediato a pedidos de comentário. Não ficou claro se Trump tinha um grupo específico de imigrantes em mente. Na quarta-feira a agência de Alfândega e Proteção de Fronteira dos EUA disse que os agentes de fronteira do Arizona apreenderam dois grupos de famílias de Honduras e da Guatemala, um total de 124 imigrantes que havia cruzado para o território norte-americano. O Congresso aprovou um projeto de lei de gastos provisórios de uma quinzena na quinta-feira, mas os parlamentares ainda precisam acertar uma medida de financiamento de longo prazo para subsidiar agências do governo até o final do ano fiscal, em setembro. Trump, que fez da construção do muro um fundamento de sua presidência, exigiu US$ 5 bilhões do Congresso neste ano para a divisa e ameaçou paralisar o governo se os parlamentares não consentirem.

Nova embaixadora na ONU

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicará a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, como embaixadora na Organização das Nações Unidas (ONU), disseram duas fontes da Casa Branca na quinta-feira, escolhendo uma pessoa sem experiência política para lidar com alguns dos temas mais espinhosos do mundo. O anúncio da decisão é esperado para esta sexta-feira, disseram os funcionários, pedindo anonimato. Heather, cuja nomeação exigiria a confirmação do Senado, é ex-correspondente e âncora do canal Fox News. Ela se tornou porta-voz do Departamento de Estado em abril de 2017 e no início deste ano foi escolhida como subsecretária interina para diplomacia pública e assuntos públicos. Se confirmada, Heather, de 48 anos, sucederá Nikki Haley, que em outubro comunicou que deixaria o cargo na ONU no final do ano. O Departamento de Estado não quis comentar, e Heather não respondeu de imediato a pedidos de comentário. Heather, que no início deste ano foi considerada uma possível sucessora da porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, ganhou experiência na diplomacia trabalhando no Departamento de Estado, mas carece das credenciais políticas de Nikki, que é ex-governadora da Carolina do Sul. No entanto, contar com o apoio direto do presidente e do secretário de Estado, Mike Pompeo, pode fortalecer sua imagem entre os diplomatas globais na ONU, que repudiaram a política externa “América Primeiro” de Trump. Ela enfrentará uma variedade de desafios se assumir o posto, entre eles defender os esforços dos EUA para conter a influência do Irã no Oriente Médio e fazer com que a entidade global mantenha a Coreia do Norte sujeita a sanções rígidas enquanto Washington tenta negociar o fim dos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang. Trump já expressou ressalvas à ONU, queixando-se de seu custo para Washington e criticando-a por se concentrar na burocracia e em processos, ao invés de resultados. Ele retirou os EUA do organismo de direitos humanos da entidade em setembro, citando um preconceito contra Israel. Seu governo cortou o financiamento da agência de refugiados da ONU, e no ano passado propôs cortes de fundos norte-americanos na assistência e na diplomacia que poderiam limitar o trabalho da entidade global.
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