Durante o confronto, um helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM), da Polícia Militar, foi alvejado com dois tiros e teve que fazer um pouso forçado no Comando Naval da Marinha, na Penha.
Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro
Um tiroteio fechou a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, na altura da Cidade Alta, nos dois sentidos, no início da tarde desta quarta-feira.

Durante o confronto, um helicóptero do Grupamento Aeromóvel (GAM), da Polícia Militar, foi alvejado com dois tiros e teve que fazer um pouso forçado no Comando Naval da Marinha, na Penha.
As polícias Civil e Militar foram para Parada de Lucas e Vigário Geral após receberem informações de inteligência de que o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, estaria escondido em uma casa do Complexo de Israel. Atualmente, ele é um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro.
Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau são as cinco comunidades que compõe o complexo. Juntas, no local, moram cerca de 134 mil pessoas.
A Polícia Civil solicitou à PM o fechamento da Avenida Brasil nas proximidades das comunidades para garantir a segurança da população.
– A Brasil está fechada por um protocolo de segurança – disse o porta-voz da PM, Maicon Pereira.
Motoristas no meio do fogo cruzado
Nas redes sociais é possível observar vários motoristas abandonando os carros e se abrigando em muretas da Avenida Brasil e da Linha Vermelha para evitarem serem atingidos por disparos.
Uma mulher que ficou no meio do fogo cruzado gravou um vídeo do confronto na Linha Vermelha. Ao portal G1, a dentista Mônica Mayer disse ter ficado impressionada com o armamento dos bandidos.
– É muito tiro, muito tiro. É impressionante porque você vê a diferença do tiro do bandido para o tiro da polícia. A polícia dá um tiro, para, dá outro tiro, para. Os bandidos, o armamento, é uma coisa surreal. A cidade tá dominada – disse.
Com medo de ficar balas perdidas, passageiros de um ônibus BRT pediam ao motorista para não parar: “Vai embora, moço”.
A MOBI-Rio disse que devido à ocorrência policial na Cidade Alta, o trecho entre as estações Cidade Alta e Mercado São Sebastião, do corredor Transbrasil, está interrompido, afetando o serviço 60, Deodoro x Gentileza (Parador).
O Centro de Operações da prefeitura emitiu um comunicado nas redes sociais pedindo atenção dos motoristas que passam pela região.
“Atenção, motorista! A Avenida Brasil está interditada, nos dois sentidos, na altura da Cidade Alta, em função de uma ocorrência policial. Polícia Militar no local”, escreveu o COR.
Operação
Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) prenderam em flagrante, nesta quarta-feira, o responsável por um provedor clandestino de Internet que operava na comunidade do Quitungo, em Cordovil. A ação ocorreu durante a “Operação Torniquete”, realizada pelos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC).
As investigações conduzidas pela DDSD apontaram que o provedor clandestino operava com o aval de uma organização criminosa que atua na região. Além de ser uma fonte de financiamento para o tráfico de drogas, o esquema impunha um monopólio sobre o serviço, impedindo a atuação de concessionárias regulares.
No local, foram apreendidos diversos equipamentos e cabos que, segundo apurado, eram furtados. Diante disso, o homem foi autuado em flagrante por receptação qualificada. O material será periciado para apurar a origem. A delegacia também busca identificar outros envolvidos no esquema.
A Operação Torniquete é realizada nesta quarta nas comunidades do Quitungo, na Zona Norte, e César Maia , na Zona Oeste. O objetivo é, combater roubos de cargas e de veículos, crimes utilizados para financiar atividades ilícitas e fortalecer a estrutura de facções criminosas.
Roubo de carga
Policiais civis dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC) realizam, nesta quarta-feira, operações contra roubos de cargas e de veículos. As equipes atuam nas comunidades do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte do Rio, e César Maia, em Vargem Pequena, na Zona Oeste.
As ações fazem parte da segunda fase da Operação Torniquete, que tem como objetivo reprimir roubo, furto e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade. Desde setembro, já são mais de 380 presos, além de veículos e cargas recuperados.
As duas comunidades são exploradas pela mesma facção, que fomenta a prática destes e de outros delitos. De acordo com investigações, esta organização criminosa ordena 90% dos roubos de cargas e 80% dos roubos de veículos praticados na Região Metropolitana.