Consideradas as duas outras legendas da coligação, o PP e o Republicanos, a penalidade significa cerca de 15% do total recebido pelas três siglas nesse período. Apenas o partido de Bolsonaro embolsou R$ 50,3 milhões de janeiro a outubro, segundo dados da corte eleitoral.
Por Redação - de Brasília
A aventura jurídica do presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu mais caro do que se imaginava. A multa imposta à coligação do presidente em fim de mandato pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chega quase à metade (46%) de tudo o que a legenda recebeu de fundo partidário, nos primeiros dez meses deste ano.
Consideradas as duas outras legendas da coligação, o PP e o Republicanos, a penalidade significa cerca de 15% do total recebido pelas três siglas nesse período. Apenas o partido de Bolsonaro embolsou R$ 50,3 milhões de janeiro a outubro, segundo dados da corte eleitoral. O dinheiro do fundo é usado para manutenção dos partidos. O Republicanos recebeu R$ 48 milhões, e o PP, R$ 52,6 milhões.
Coligação
Na véspera, Moraes aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões à coligação do mandatário por litigância de má-fé. O presidente do TSE determinou ainda o bloqueio dos fundos partidários das três legendas até o pagamento da penalidade imposta.
Quanto ao montante anual corrigido do fundo partidário de 2021, a multa equivale a cerca de 40% do recebido pelo PL ao longo daquele ano e a cerca de 14% do total obtido pelas três siglas da coligação.
A penalidade foi aplicada por Moraes nesta quarta-feira, depois que o PL, comandado por Valdemar Costa Neto, disseminou o discurso golpista de Bolsonaro e pediu, sem apontar provas de fraude, que sejam anulados votos de 279 mil urnas eletrônicas. Esses equipamentos listados na representação são anteriores a 2020 e, segundo o partido, apresentaram "mau funcionamento".