TCU julga farras de Dallagnol com passagens aéreas durante ‘Lava Jato’
Além do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também é apontado como responsável pelas irregularidades. Janot atuou, diretamente, no golpe de Estado perpetrado contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT).
Além do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também é apontado como responsável pelas irregularidades. Janot atuou, diretamente, no golpe de Estado perpetrado contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT).
Por Redação - de Brasília
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou, nesta terça-feira, a farra das diárias e passagens aéreas contratadas durante a ‘Operação Lava Jato’, quando foram encontradasirregularidades no pagamento a procuradores da República que atuavam no Paraná. Durante as investigações da Polícia Federal (PF) sobre o caso, constatou-se o prejuízo de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos.
Em outubro de 2018, Dallagnol recebeu R$ 18.088 pela palestra à Febraban sobre prevenção e combate a lavagem de dinheiro
Além do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot também é apontado como responsável pelas irregularidades. Janot atuou, diretamente, no golpe de Estado perpetrado contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT). A sessão começou às 10h30, com a apresentação do relator, ministro Bruno Dantas, e concluído durante esta tarde. Ambos foram condenados a devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.
Situação
Procuradores da força-tarefa poderiam ter usado opções mais econômicas de diárias e passagens, segundo a denúncia ao TCU. Em vez de serem transferidos para Curitiba, os procuradores recebiam ajuda financeira para trabalhar na capital, como se estivessem em uma situação transitória.
O relator considerou que foram confirmadas irregularidades como a falta de fundamentação adequada para a escolha desse modelo, visto que alternativas igualmente válidas não foram devidamente consideradas.
Ainda segundo Bruno Dantas, houve a violação ao princípio da economicidade, porquanto o modelo escolhido mostrou-se mais dispendioso aos cofres públicos. Dallagnol também cometeu uma ofensa ao princípio da impessoalidade, segundo o ministro.