Rio de Janeiro, 08 de Dezembro de 2025

Suspeito de atuar como elo entre CV e TH Joias é transferido para Bangu

Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, é transferido para Bangu 1, sendo apontado como elo entre o Comando Vermelho e o ex-deputado TH Joias. Entenda os detalhes da operação.

Segunda, 08 de Dezembro de 2025 às 12:00, por: CdB

O traficante Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão, foi transferido do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para o presídio de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

O traficante Gabriel Dias de Oliveira, conhecido como Índio do Lixão, foi transferido do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para o presídio de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.

Suspeito de atuar como elo entre CV e TH Joias é transferido para Bangu | Índio do Lixão e TH Joias
Índio do Lixão e TH Joias

Apontado pelas investigações como um dos chefes do Comando Vermelho (CV), Índio do Lixão foi preso em setembro durante a mesma operação que levou à detenção do ex-deputado TH Joias.

De acordo com a polícia, o criminoso atuava como principal articulador entre a facção e o ex-parlamentar, desempenhando papel estratégico dentro da organização criminosa. Índio do Lixão mediava a compras de armas com TH Joias — incluindo fuzis — e coordena o o tráfico interestadual de drogas e entorpecentes.

A prisão do ex-deputado ocorreu em 3 de setembro de 2025, durante a Operação Zargun, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A ofensiva prendeu 18 pessoas, entre eles um delegado da PF e outros suspeitos ligados ao esquema. A ação cumpriu ainda 22 mandados de busca e apreensão e sequestrou bens avaliados em cerca de R$ 40 milhões.

Esquema complexo

As investigações revelaram um esquema complexo que envolvia tráfico de armas e drogas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, contrabando, exploração clandestina de telecomunicações e evasão de divisas. Segundo os investigadores, TH Joias utilizava seu mandato na Alerj para favorecer interesses do CV, nomeando comparsas em cargos públicos e garantindo proteção institucional ao grupo criminoso.

Índio do Lixão também era investigado por comprar armas no Paraguai e revendê-las à facção, além de atuar na logística de armamentos e no fornecimento de equipamentos como dispositivos antidrones, usados para dificultar a atuação das forças de segurança.

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