A votação virtual estará aberta no sistema para os Ministros até o próximo dia 8. Neste caso, assim como nas duas votações anteriores, não há discussões em plenário.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu votação eletrônica entre seus ministros para decidir se mais 250 envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro deverão se tornar réus. O ministro relator, Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar, e se manifestou a favor de aceitar as denúncias, feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A votação virtual estará aberta no sistema para os Ministros até o próximo dia 8. Neste caso, assim como nas duas votações anteriores, não há discussões em plenário. Caso a maioria dos ministros acate as denúncias, os envolvidos passam a responder por ação penal na Justiça e se tornam réus formalmente.
A denúncia da PGR sugere que os envolvidos respondam pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e incitação ao crime. Entre os denunciados há pessoas que efetivamente realizaram os ataques e outras que financiaram ou incentivaram as ações do grupo.
Golpistas
Esta é a terceira leva de golpistas levados a julgamento no STF. A primeira tinha 100 envolvidos, e teve votação concluída em 24 de abril. A segunda votação, relativa a outras 200 pessoas, foi encerrada na última terça-feira.
Nas duas votações já realizadas até aqui, houve "goleada" de 8 a 2 a favor de acatar totalmente as denúncias da PGR. Os únicos votos destoantes foram os dos ministros André Mendonça e Nunes Marques, os indicados de Bolsonaro à Corte, que gostariam de inocentar pessoas que não tinham participado efetivamente das ações. Com a recente aposentadoria de Ricardo Lewandowski, a 11ª cadeira do STF ainda está vaga.
O STF informou que, das 1,4 mil pessoas que foram presas em decorrência dos ataques, 294 continuam no sistema penitenciário do Distrito Federal, sendo 208 homens e 86 mulheres. Os demais foram soltos, sob alegação de que não representam riscos à sociedade ou ao andamento das investigações.