A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ao receber a denúncia, a Corte torna Zambelli e Delgatti réus no Supremo, e responderão aos crimes em ação penal específica, a ser julgada em Plenário. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
Por Redação – de Brasília
A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus, nesta terça-feira, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserção de dados falsos. A decisão foi unânime.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica foram aceitas, na sua intregralidade, pelos magistrados da Corte Suprema.
A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ao receber a denúncia, a Corte torna Zambelli e Delgatti réus no Supremo, e responderão aos crimes em ação penal específica, a ser julgada em Plenário. O relator é o ministro Alexandre de Moraes.
No curso da investigação, Delgatti confessou o cometimento dos crimes, a pedido de Zambelli. A deputada já é ré no STF em outra ação, por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de arma. Na véspera do segundo turno das eleições de 2022, a deputada correu atrás de um jornalista, negro, com a arma em punho, na capital paulista.
Moro
Delgatti, por sua vez, é conhecido como ‘hacker da Vaza Jato’, por ter invadido dispositivos de autoridades da Operação Lava Jato. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo caso na Operação Spoofing e condenado a 20 anos de prisão.
Já no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira, o ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR) voltou a ter o processo julgado e poderá perder o mandato de senador. O julgamento deverá ser concluído nesta quinta-feira.