Na decisão, Dino determina que o inquérito tenha o prazo inicial de 60 dias. A PF informou ao Supremo ter interesse em realizar diligências complementares àquelas levadas adiante na CPI da Covid.
Por Redação – de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino decidiu, nesta quinta-feira, pela abertura de um inquérito contra o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos Eduardo, Flávio e Carlos; além de outras 20 pessoas por incitação ao descumprimento de medidas efetivas para o combate à pandemia de covid-19. Partiu da Polícia Federal (PF) o pedido para abertura do inquérito que tem como base no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, conduzida pelo Senado ao longo de 2021.

Na decisão, Dino determina que o inquérito tenha o prazo inicial de 60 dias. A PF informou ao Supremo ter interesse em realizar diligências complementares àquelas levadas adiante na CPI da Covid, como a “oitiva dos envolvidos e outras medidas que se mostrem necessárias”.
Crimes
A medida tem como foco a disseminação de mentiras e o incentivo ao desrespeito de medidas de combate à covid-19. Dino destacou, porém, que a investigação inicial identificou outros possíveis crimes também cometidos.
“A investigação parlamentar apontou indícios de crimes contra a administração pública, notadamente em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de ‘fachada’ para prestação de serviços genéricos ou fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, acrescenta.
No caso do inquérito baseado na CPI da Covid; além de Bolsonaro e seus familiares, são alvos os parlamentares Osmar Terra (PL-RS), Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ) e Ricardo Barros (PP-PR), entre outros.