Por enquanto, avalia a jurista Tânia Maria de Oliveira, o que o atual presidente da República tem conseguido é unir a sociedade contra suas intenções golpistas. O que inclui até mesmo quem apoiou o golpe civil midiático contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), derrubada em 2016 após uma série de manifestações.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Nos últimos dias, atos e manifestos pela democracia tomaram conta da agenda política, e o movimento tende a permanecer em alta nesta semana, tendo como principal manifestação a leitura da ‘Carta aos Brasileiros’, que até manhã desta segunda-feira passava de 790 mil adesões. Para Tânia Maria de Oliveira, integrante da executiva da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o país vem testando “a força das instituições”.
Por enquanto, avalia Tânia, o que o atual presidente da República tem conseguido é unir a sociedade contra suas intenções golpistas. O que inclui até mesmo quem apoiou o golpe contra a presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), derrubada em 2016.
— Muitos segmentos patrocinaram o golpe de 2016 e agora enxergam uma ameaça à democracia formal — disse a jurista à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA).
Alerta
Assim, até instituições como a Fiesp, que reúne a elite industrial paulista e foi entusiasta do impeachment, agora organizam documento em defesa do processo democrático. De qualquer forma, isso amplia o leque de forças que se opõem à “aventura golpista” do presidente Jair Bolsonaro (PL).
— No jargão popular, é o nosso ‘sair da bolha’ — define a representante da ABJD.
Hoje, resume Tânia, a grande preocupação se concentra no Dia da Independência, em 7 de setembro. Existe até o receio de que bolsonaristas promovam um atentado para tentar responsabilizar a oposição em geral e a esquerda especificamente.
— Ao menos o alerta está dado — concluiu.