O site, ao mesmo tempo em que divulga cenas e acontecimentos que carecem de qualquer comprovação factual, passa ao largo da informação de que nenhuma das situações narradas tenha sido levada, formalmente, à Universidade de São Paulo ou na Universidade Mackenzie, onde Mascaro também lecionou.
Por Redação – de São Paulo
Em matéria publicada na véspera, o site norte-americano de ultradireita The Intercept Brasil, fundado pelo jornalista Glenn Greenwald, acusa o professor e jurista Alysson Mascaro, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com atuação reconhecida no campo da esquerda, de assédio sexual. A matéria, assinada pelos jornalistas Laís Martins e Leandro Becker, relata o que disseram fontes, todas anônimas, e repercute como reais as acusações contra Mascaro. O intelectual acusado relata, por sua vez, ser alvo de uma campanha de perseguição há mais de dois anos e nega, peremptoriamente, as acusações.
O site, ao mesmo tempo em que divulga cenas e acontecimentos que carecem de qualquer comprovação factual, passa ao largo da informação de que nenhuma das situações narradas tenha sido levada, formalmente, à Universidade de São Paulo ou na Universidade Mackenzie, onde Mascaro também lecionou. Ainda assim, nas entrelinhas, o veículo de comunicação busca pressionar a USP a afastar o professor de sua cátedra, sem que um procedimento investigatório sequer.
Denúncias
Mascaro, em um extenso vídeo publicado recentemente, coloca-se como uma das muitas vítimas da chamada ‘cultura do cancelamento’, fenômeno impulsionado pelo crescimento das redes sociais que tem ganhado destaque no debate público. O termo define ações coletivas de rejeição ou boicote a uma pessoa, marca ou instituição acusada de atos considerados inadequados ou ofensivos.
Geralmente, esse movimento surge de forma espontânea, a partir de denúncias amplamente divulgadas, como ocorre no caso da acusação do site Intercept contra Mascaro.