Cid atendeu Bolsonaro enquanto ainda atuava no Palácio do Planalto e foi convocado a prestar esclarecimentos à PF no inquérito que apura se houve adulteração de carteiras de vacinação da covid-19. O militar está preso preventivamente na ‘Operação Venire’, que tornou o caso público, no início de maio.
Por Redação - de Brasília
O silêncio do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) ao longo de todo o seu mandato, foi eloquente o bastante para deixar a cúpula do partido de extrema-direita preocupada com os destinos de seu principal puxador de votos. Diante do risco iminente de uma delação premiada de Cid, Bolsonaro tentou, nesta sexta-feira, desvencilhar-se de irregularidades que o oficial possa ter cometido, provavelmente sob ordens superiores, no caso dos cartões fraudados de vacinação.
A interlocutores, nesta manhã, Bolsonaro disse “esperar” que Cid não tenha feito nada de errado.
— Não tenho conversado com ele (Cid). Vi que ele ficou em silêncio. Isso é ele com o advogado dele. Foi um excelente oficial do Exército brasileiro, é jovem ainda. Ele fez o melhor de si. Peço a Deus que não tenha errado e cada um siga a sua vida — disse.
Michelle
Cid atendeu Bolsonaro enquanto ainda atuava no Palácio do Planalto e foi convocado a prestar esclarecimentos à PF no inquérito que apura se houve adulteração de carteiras de vacinação da covid-19. O militar está preso preventivamente na ‘Operação Venire’, que tornou o caso público, no início de maio.
A polícia investiga inserções falsas sobre o cartão da vacina para burlar restrições sanitárias impostas pelo Brasil e pelos Estados Unidos em meio à pandemia. Bolsonaro se defendeu da hipótese.
— Não tinha exigência para eu entrar nos EUA estar vacinado — afirmou.
O ex-presidente, que foi ao Senado visitar o filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), desconversou sobre as compras de Michelle em dinheiro vivo e sobre o caso das joias.