Alcolumbre já presidiu a Casa Legislativa entre 2019 e 2021, sucedido justamente pelo aliado mineiro, que está no segundo mandato à frente do posto. Atualmente, Alcolumbre preside a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), considerado o colegiado mais importante do Senado.
Por Redação – de Brasília
Embora ainda faltem alguns meses para a eleição da Mesa Diretora, no Senado, a situação na Casa apresenta-se mais tranquila do que na Câmara. Levantamentos produzidos por diferentes segmentos têm mostrado que Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), embora não tenha ainda lançado sua candidatura, conta na largada com o apoio do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Alcolumbre já presidiu a Casa Legislativa entre 2019 e 2021, sucedido justamente pelo aliado mineiro, que está no segundo mandato à frente do posto. Atualmente, Alcolumbre preside a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), considerado o colegiado mais importante do Senado por ser porta de entrada de tramitação para praticamente todas as proposições.
Quem for eleito vai comandar a Casa entre 2025 e 2026, a partir de fevereiro do ano que vem. Alcolumbre também foi uma das peças fundamentais na campanha de eleição e reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na relação com o governo federal, Alcolumbre esteve ao lado de Jair Bolsonaro (PL) – mas também tem se mostrado próximo ao presidente Lula (PT).
Divisão
Os sinais de que haverá outros nomes na disputa, no entanto, na avaliação de senadores, apontam que o cenário amplamente favorável a Alcolumbre convive com focos de rejeição e descontentamento. Além de servirem como termômetro para os posicionamentos dos parlamentares, as insinuações sobre novos candidatos na disputa podem servir para que bancadas negociem com Alcolumbre presenças maiores numa futura gestão da Mesa Diretora.
A oposição ainda está incerta sobre a possibilidade de ter um nome próprio na disputa. Senadores do grupo se dividem entre declarar apoio a Alcolumbre e lançar um representante da ala como candidato. Líder do grupo na Casa, o senador Marcos Rogério (PL-RO) diz que os senadores de oposição devem avaliar melhor o posicionamento após as eleições municipais.
Já o vice-líder do bloco no Senado, Eduardo Girão (Novo-CE) entende que o bloco tende a se dividir.
— Vamos trabalhar para ter um nome — disse Girão, a jornalistas.
Equilíbrio
De sua parte, o líder da Minoria no Congresso, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já adiantou que apoiará Alcolumbre.
— Davi Alcolumbre foi presidente do Senado por dois anos, durante o governo Bolsonaro, e soube manter o equilíbrio entre os Poderes, respeitou governo e oposição com proporcionalidade partidária — opina o filho do ex-mandatário neofascista.
O MDB, que presidiu a Casa por anos, também não fechou um posicionamento, que tem sido debatido pelo líder da sigla, Eduardo Braga (AM). Integrantes da legenda têm sinalizado que há o desejo de Renan Calheiros (AL) em disputar mais uma vez o cargo.