“A Câmara está cumprindo os prazos regimentais, mas a gente sabe que tem ruídos”, disse Bolsonaro, ao admitir que não tem votos no Parlamento.
Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reconhece que o governo não tem os 308 votos necessários à aprovação da reforma da Previdência, na Câmara dos Deputados. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência é avaliada por uma comissão especial, no Congresso.
— A Câmara está cumprindo os prazos regimentais, mas a gente sabe que tem ruídos, que por enquanto eu acho que nós ainda não temos os 308 votos ainda necessários. Eu estou à disposição deles, para conversar comigo eu viro a noite para conversar sem problema nenhum. A bola está com o Parlamento agora — disse Bolsonaro em entrevista ao canal público de ultradireita SBT, na noite passada.
Senado
A principal reforma apresentada pelo governo ao Congresso, se não for aprovada, segundo Bolsonaro o Brasil “vai quebrar até 2022”.
— Se não tomar essa medida agora, a irresponsabilidade desse momento vai custar muito mais caro para todos lá na frente — afirmou.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa de 308 votos em dois turnos de votação na Câmara e de 49 votos, também em duas rodadas, no Senado, para ser aprovada.
Prioridade
A matéria tramita atualmente em comissão especial da Câmara, e o governo tem trabalhado com a perspectiva de aprovar a reforma no plenário da Câmara no primeiro semestre.
Na terça-feira, o presidente da comissão especial da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que Bolsonaro não tem “noção de prioridade” por ir à Câmara entregar projeto de lei que trata de mudanças no Código de Trânsito; no mesmo momento em que se realizava seminário sobre a reforma previdenciária.