Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Rússia firma parceria estratégica com Venezuela sob pressão dos EUA

A Rússia ratifica acordo estratégico com a Venezuela em meio à crescente pressão dos EUA sobre o governo de Nicolás Maduro. Entenda os desdobramentos dessa parceria.

Quarta, 22 de Outubro de 2025 às 10:37, por: CdB

A medida ocorre em meio à intensificação da pressão dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro.

Por Redação, com ANSA – de Moscou, Caracas

O Conselho da Federação Russa, equivalente ao Senado do país, aprovou nesta quarta-feira a ratificação de um acordo de parceria estratégica com a Venezuela.

Rússia firma parceria estratégica com Venezuela sob pressão dos EUA | Manifestação em apoio ao presidente da Venezuela em Caracas
Manifestação em apoio ao presidente da Venezuela em Caracas

A medida ocorre em meio à intensificação da pressão dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro.

Segundo a agência de notícias estatal Tass, o tratado já havia sido aprovado pela Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, e agora aguarda apenas a assinatura do presidente Vladimir Putin para entrar em vigor.

Na terça-feira, durante uma reunião em Moscou com o embaixador da Venezuela na Rússia, Jesús Rafael Salazar Velázquez, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, declarou apoio ao governo venezuelano.

Na ocasião, o chanceler russo reafirmou “a solidariedade com o governo e o povo da Venezuela diante das crescentes ameaças externas e tentativas de interferência em assuntos internos”, além de expressar o “total apoio aos esforços de Caracas para defender a soberania nacional”.

O anúncio do acordo ocorre em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, intensificadas após Trump autorizar operações da CIA, a agência de inteligência norte-americana, em território venezuelano.

Venezuela

Trump defendeu a medida alegando preocupações com o tráfico de drogas e afirmando que a Venezuela estaria enviando prisioneiros e pacientes de instituições psiquiátricas para os EUA. No entanto, não há evidências que comprovem uma ação coordenada do governo venezuelano para expulsar ex-detentos em direção ao território norte-americano.

Por sua vez, Maduro declarou “não à guerra” e denunciou o que chamou de “golpes orquestrados pela CIA”.

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