O FSIN explica que o opositor deixou a prisão “em virtude da decisão proferida pelo Tribunal Urbano de Moscou em 4 de agosto”, que incluía uma pena de 19 anos por extremismo.
Por Redação, com EFE - de Moscou
Os serviços penitenciários da Rússia (FSIN na sigla em russo) admitiram nesta sexta-feira que o líder da oposição, Alexei Navalny, foi transferido da prisão onde cumpria pena, mas não especificaram seu novo destino.
“Navalny foi transferido da instituição penitenciária localizada no território da região de Vladimir”, afirma o relatório do FSIN, segundo o portal “Sota”.
Este relatório foi lido durante a audiência da denúncia apresentada por Navalny contra a administração da prisão número 6 de Vladimir, onde se encontrava desde junho de 2022.
O FSIN explica que o opositor deixou a prisão “em virtude da decisão proferida pelo Tribunal Urbano de Moscou em 4 de agosto”, que incluía uma pena de 19 anos por extremismo.
“Sobre a chegada de Navalny (ao seu novo destino) será informada no âmbito da legislação em vigor”, acrescenta.
Os advogados do opositor, que não têm contato com o seu cliente desde o último dia 5, garantem que ele deixou a prisão na segunda-feira.
Os colaboradores do político, que cumpre pena de quase 30 anos de prisão, deram o alarme na segunda-feira, após o que lançaram a campanha global “Onde está Navalny?”
Segundo alguns membros da equipe de Navalny, o opositor teria sido transferido para uma nova prisão após anunciar uma campanha contra a reeleição do presidente Vladimir Putin.
O processo de transferência pode levar semanas, período durante o qual o preso geralmente é mantido incomunicável.
União Europeia
Tanto a União Europeia como a Anistia Internacional expressaram preocupação com o destino de Navalny, cujo paradeiro nem jornalistas nem cidadãos perguntaram a Putin no dia anterior, durante a sua primeira grande entrevista coletiva desde o início da guerra na Ucrânia.
Em 7 de dezembro, Navalny pediu da prisão para votar contra o chefe do Kremlin nas eleições de 17 de março de 2024.
Navalny também anunciou o lançamento de um site (neputin.org) que pedia aos russos que apoiassem qualquer candidato à presidência, exceto o atual chefe do Kremlin. Um dia após o seu lançamento, o site foi bloqueado.