"Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle… Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar", reclamou Queiroz.
Por Redação - do Rio de Janeiro
Ex-assessor, motorista, confidente e supostamente um dos amigos do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), o ex-policial militar Fabrício Queiroz está ainda no centro das denúncias de um esquema de ‘rachadinha’ no gabinete do ex-deputado e de seu filho ’01’, o hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e tenta carreira política, mas enfrenta a falta de apoio de seus ex-empregadores.

Queiroz voltou a se queixar, nesta sexta-feira, da “ingratidão” de ter sido abandonado pelos antigos aliados e disse, em tom de ameaça, que “o castigo vem a cavalo”.
— Nunca mais falei com ninguém. A última vez foi com o Flávio, no ano passado, na época em que eu queria ser candidato a deputado. Depois disso, nunca mais trocamos ideias — reclamou Queiroz, em uma entrevista à revista semanal de ultradireita Veja.
Segredos
O ex-assessor do clã Bolsonaro acredita que, apesar de seu envolvimento em um processo rumoroso contra a família do ex-presidente, mereceria alguma consideração por parte deles.
— Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle… Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveriam me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo — repetiu.
Apesar do tom, o ex-assessor afirmou que “não tem segredos" que possam comprometer a família Bolsonaro.
— Não tem segredo nenhum comigo. E, se tivesse… A família dele não é melhor que a minha para ele sacrificar a minha família e a dele ficar bem. Porque a dele está bem — conclui.